A francesa Julia Ducournau, que conquistou no sábado a Palma de Ouro do Festival de Cannes pelo filme "Titane", é uma cineasta singular e ousada, fascinada pelos processos de transformação do corpo e cujo cinema transgressor é repleto de feminismo.
O filme "Drive My Car", do japonês Ryusuke Hamaguchi, foi distinguido hoje, pela crítica internacional e pelo júri ecuménico como o Melhor Filme na competição oficial do 74.º Festival de Cannes, que começou no passado dia 6.
Bruno Dumont, Ildikó Enyedi, Jacques Audiard, Mathieu Amalric, Asghar Farhadi, Sean Baker e Apichatpong Weerasethakul foram os cineastas no "sprint" final antes de ser anunciado este sábado o palmarés do 74.º Festival de Cannes.
"Titane", de Julia Ducournau, é um dos filmes mais falados em Cannes. "Petrov's Flu", do dissidente russo Kirill Serebrennikov, e "Mi Iubita Mon Amour", a estreia da atriz Noémie Merlant, foram outros destaques.
De Joachim Trier a Paul Verhoeven, passando por Mahamat-Saleh Haroun, os realizadores não têm medo de explorar a intimidade das suas heroínas nos filmes apresentados no festival francês.
Ryusuke Hamaguchi apresentou "Drive My Car", um dos favoritos à Palma de Ouro, enquanto Mia Hansen-Love estreou uma desilusão chamada "Bergman's Island".
O filme "Diários de Otsoga", de Maureen Fazendeiro e Miguel Gomes, tem estreia mundial hoje na Quinzena dos Realizadores, um dos programas paralelos do Festival de Cinema de Cannes, em França.
Filme deveria abrir o festival no ano passado, cancelado pela pandemia, é finalmente apresentado. Em competição pela Palma de Ouro também está "Petrov's Flu", do realizador Kirill Serebrennikov, proibido de sair da Rússia.
O festival viu mais dois filmes que concorrem à Palma de Ouro, "Flag Day", filme pessoal onde Sean Penn também contracena com a filha, e "Tre Piani", do italiano Nanni Moretti.