
“Terreno” é o novo título de poesia do escritor português Duarte Scott, a publicar pela Tinta-da-china no próximo 21 de agosto, e que sucede ao seu livro de estreia, “Exposição” (2022).
“Terreno” é o 46.º título da coleção de poesia da editora Tinta-da-china, dirigida pelo poeta e crítico literário Pedro Mexia, que afirma, sobre o novo título: “Há três terrenos em ‘Terreno’: o ‘externo’, o ‘terno’ e o ‘interno’. […] ‘Terreno’ é aqui um substantivo equivalente a ‘espaço’, material ou imaterial, sendo também um adjetivo”.
“O rigor formal mantém-se: Duarte Scott trabalha com técnicas e formas sofisticadas, a cesura, a vilanela, o poema em colunas paralelas, os versos de uma única palavra, as mais engenhosas aliterações e as mais maliciosas translineações”, acrescentou Mexia.
A obra abre com citações da italiana Amelia Rosselli (1930-1996), da ucraniana Oksana Maksymchuk e do norte-americano Robert Frost.
O “Terreno” “externo” começa com o poema intitulado “Sortes”, que se inicia com o verso: “Da polis ideal que eu concebesse haveria o exílio”.
O livro inclui títulos como “Marcha das Aspas”, no qual o poeta escreve: “Na lapela, engastas flores que os dedos mancham. / Escutas «norte» e marchas como mula mansa. / Sem trela te trazem. Não julgas. Não mordes. / Doce, o som das ordens. Dão-te corda, e corres. / Feiras, para que compres côdeas que emagrecem. / Férias, para que «fujas»: depressa regressas.”
Segundo o diretor da coleção, nestas composições poéticas de Scott, “o corpo está no centro de tudo, um corpo ‘baconiano’ (músculos, tendões, hematomas), mas como se as figuras fossem pequenas divindades da Antiguidade”.
Duarte Scott dá apenas como dados que nasceu em Lisboa, viveu no Reino Unido e escreve tanto em inglês como em português, estando “a meio da sua idade”.
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