
Os portugueses Gaerea assinaram este mês pela editora alemã Century Media e vão dar mais 17 concertos até ao final do ano em cinco países europeus.
Numa publicação nas redes sociais, a banda deu conta de que faz agora parte da “grande família da Century Media Records”, tendo lançado já um ‘single’ intitulado “Submerged”.
Depois de dois meses de concertos pela Europa, incluindo alguns dos principais festivais do género como o Summer Breeze (que teve direito a transmissão em direto no canal televisivo Arte), a banda tem marcados 17 concertos a partir de 21 de outubro, em Hamburgo, segundo os 'sites' da própria banda e da editora.
Berlim, Dresden, Praga (República Checa), Munique, Frankfurt e Colónia (de novo na Alemanha), Manchester (no Damnation Festival, no Reino Unido), Newcastle, Leeds, Wolverhampton, Bristol e Londres são outros dos destinos do grupo.
Para fechar a sequência de datas, a banda vai atuar em Eindhoven, nos Países Baixos, antes de viajar para a Suécia, onde toca em Malmo e Karlstad, para depois seguir para Copenhaga, na Dinamarca, no final de novembro.
Vários dos concertos são a abrir para os suecos Orbit Culture.
Os Gaerea tinham já marcados concertos, nos dias 4 e 5 de dezembro, no Hard Club, no Porto, e no Lisboa ao Vivo.
Criados em 2016, os portugueses têm uma discografia composta por um EP (homónimo, em 2016) e por quatro álbuns (“Unsettling Whispers”, de 2018, “Limbo”, de 2020, “Mirage”, de 2022, e “Coma”, de 2024), sempre editada no estrangeiro, primeiro pela italiana Everlasting Spew e depois pela indiana Transcending Obscurity, chegando mais tarde a uma das maiores editoras de metal do mundo, a Season of Mist, a que agora sucede a Century Media.
Assumidamente inspirados pela escrita do norte-americano Thomas Ligotti, um dos mais influentes autores de horror – e em especial horror cósmico – da viragem entre o século passado e o atual, os Gaerea encontram referências artísticas noutros nomes literários como José Saramago, mas também nas artes visuais de Bill Viola e Denis Villeneuve, entre outros, como contou um dos membros do grupo à Lusa aquando do lançamento de "Limbo".
“Nós quando estamos em ‘tour’ tentamos sempre tirar algum tempo para vermos coisas que não poderíamos ver na nossa sociedade, sejam museus, galerias. Não vale a pena andares na estrada simplesmente a conviveres com as pessoas que estão ali para te ver, não vale a pena teres toda essa vida frenética se não conseguires tirar um pouco de tempo para te cultivares, ou simplesmente para te sentares na cidade e veres como é que a cidade funciona”, disse, em 2020, à Lusa um dos elementos da banda, que atuam de cara tapada e preferem não divulgar as identidades.
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