Como tem sido habitual desde o primeiro «Futuro Próximo», ainda em 2009, o cinema é um dos pontos fortes deste evento promovido pela Fundação Calouste Gulbenkian. Na edição de 2012, a decorrer entre hoje e 6 de julho, o foco vai para o ciclo de cinema árabe entitulado «Em Transição», com curadoria de Mohamed Siam. O programa integra filmes egípcios, marroquinos, tunisinos, argelinos, e ainda, a encerrar, o documentário chileno
«Nostalgia de la Luz» de Patricio Guzmán.
O curador resume assim o seu programa de intenções: «Como tudo o que está em constante mudança, lenta ou rápida, a situação atual do cinema do Norte de África é tão vibrante e dinâmica como qualquer um dos levantamentos da «Primavera Árabe». Uma região muito particular do Norte de África, em países como o Egito, Marrocos, Tunísia, Argélia, está, atualmente, a ser redefinida. O reflexo nestas nações é a transformação e assim será o conceito deste ciclo de cinema árabe que inclui longas-metragens, curtas e documentários. Cada filme representa um salto para uma outra fase ou a preparação para uma transfiguração, que se fará no tempo e com interações; a mudança e a reforma dos lugares, dos factos e dos regimes pode ser rápida e súbita ou passar sem ser notada, atravessando uma zona cinzenta durante umlongo período de tempo».
Com sessões no Anfiteatro ao Ar Livre da Gulbenkian, sempre às 22h00, o ciclo arranca hoje, 26 de Junho, com
«Fallen Angels' Paradise», de Ousama Fawzi (Egito, 2000), seguindo-se a 27 de junho
«Sur La Planche», de Leïla Kilani (Marrocos, 2011), a 28 de junho
«What a Wonderful World», de Faouzi Bensaidi (Marrocos, 2010), a 2 de julho
«Alexandria, Why?», de Youssef Chahine (Egito, 1978), a 3 de julho
«Khorma, Child of the Graveyard», de Jilani Saadi (Tunísia, 2002), a 4 de julho
«Mascarades», de Lyes Salem (Argélia/França, 2008), a 5 de julho
«Les Couers Brûlés», de Ahmed El Maanouni (Marrocos, 2007), e a 6 de julho o já referido
«Nostalgia de la Luz» de Patricio Guzmán (Chile, 2011).
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