
O concerto é promovido pela orquestra nOva philarmOnia, fundada em fevereiro pela maestrina e oboísta luso-arménia Patrícia Khachkalyan Gomes, na qual participam 62 jovens músicos, a maioria portugueses.
Com um programa inteiramente português, o evento terá lugar na igreja de St. James’s Sussex Gardens, em Paddington, no 10 de junho para assinalar o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
Maestrina e diretora artística do projeto, Patrícia Gomes disse à Agência Lusa que a data é uma oportunidade para a estreia internacional de "A Contemplação da Matéria", que só foi tocada algumas vezes em Portugal, a primeira em 2008.
Além da estreia da peça de Francisco Loreto, também vai ser apresentada a "4.ª Sinfonia", de Joly Braga Santos, dedicada à juventude musical portuguesa.
A nOva philarmOnia reúne músicos de países como Brasil, Espanha, Itália, França e Reino Unido, a maioria estudantes das quatro principais escolas da capital britânica: Royal Academy of Music, Guildhall School of Music & Drama, Trinity College London e Royal College of Music.
A orquestra pretende contribuir para o reconhecimento da música erudita portuguesa a nível internacional e oferecer oportunidades a jovens músicos, especialmente portugueses, a viver e a trabalhar em Londres.
O projeto é o resultado de "imensos anos de contactos aqui em Londres com colegas e outros profissionais" e "requer uma confiança especial entre nós para poder colocar tantos jovens em palco", explicou a maestrina.
"Eu juntei um grupo pequeno de instrumentistas no ano de 2022 para um concerto interno e, aos poucos, fui apresentando o meu trabalho a outros colegas que também estudam em outras instituições", contou à Lusa.
Atualmente a terminar uma licenciatura em performance de oboé, Patrícia Gomes diz que liderar uma orquestra aos 21 anos "é um desafio” que ganhou “imenso gosto por fazer, porque o resultado final é sempre muito gratificante".
Nascida na Madeira em 2003, Patrícia Khachkalyan Gomes estudou no Conservatório no Funchal, onde completou o curso profissional, dos 15 aos 17 anos, e mudou-se para o Reino Unido em 2021.
Apesar de os custos com os estudos serem mais elevados depois do 'Brexit', a madeirense reconhece que, "enquanto estudante e criadora de projetos, Londres tem imensas oportunidades".
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