Para Daniel Radcliffe, o protagonista da saga "Harry Potter", o ator Michael Gambon, falecido na quinta-feira, aos 82 anos, em consequência de uma pneumonia, foi "um dos atores mais brilhantes e acessíveis com quem já tive o privilégio de trabalhar".
O ator britânico ficou mundialmente conhecido por interpretar a personagem do professor Albus Dumbledore em seis dos oito filmes "Harry Potter", sucedendo ao falecido Richard Harris a partir de "Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban" em 2004.
"Com a perda de Michael Gambon, o mundo ficou consideravelmente menos divertido. Michael Gambon foi um dos atores mais brilhantes e acessíveis com quem já tive o privilégio de trabalhar, mas apesar do seu imenso talento, o que mais recordarei sobre ele é o quanto ele se divertia a fazer o seu trabalho. Ele era pateta, irreverente e hilariante. Amava o seu trabalho, mas nunca pareceu definido por ele. Era um incrível contador de histórias e piadas e o seu hábito de confundir os linhas da realidade e ficção ao conversar com jornalistas significava que ele também era uma das pessoas mais divertidas com quem se poderia desejar fazer uma conferência de imprensa", recordou o intérprete de Harry Potter numa declaração à Variety.
As memórias mais fortes, acrescentou, são as da rodagem de "Harry Potter e o Príncipe Misterioso", de 2009.
"O sexto filme foi onde passei a maior parte do tempo a trabalhar com o Michael e ele tornou as horas que passámos juntos à frente de um ecrã verde mais memoráveis e alegres do que deveriam ser. Estou muito triste por saber que ele faleceu, mas estou muito grato pelo facto de ser uma das pessoas afortunadas que trabalhou com ele", conclui a mensagem.
Nas redes sociais, Rupert Grint, o Ron Weasley da saga, escreveu sobre a sua tristeza ao saber da notícia: "Ele trouxe tanta vivacidade e travessura a todos os dias da rodagem. Fascinou-me quando era miúdo e tornou-se um modelo pessoal para mim por encontrar a diversão e as excentricidades da vida".
A autora dos livros também recordou o impacto nos palcos do seu segundo professor Albus Dumbledore e ainda na adaptação a minissérie em 2012 de outra das suas obras.
"A primeira vez que o vi foi em 'Rei Lear', em 1982, e se alguém me tivesse dito que aquele ator brilhante apareceria em qualquer coisa que tivesse escrito, teria pensado que era louco. O Michael era um homem maravilhoso, além de ser um ator excecional, e adorei trabalhar com ele, não apenas em Potter, mas também em 'The Casual Vacancy'", escreveu J.K. Rowling.
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