O cineasta canadiano Paul Haggis, vencedor dos Óscares de Melhor Filme (enquanto produtor) e de Melhor Argumento Original por “Colisão” (2005), começou a ser julgado na quarta-feira em Nova Iorque por alegados abusos sexuais cometidos em 2013.
O também argumentista de “Million Dollar Baby - Sonhos Vencidos” (2004) e de “007 - Casino Royale” (2006) chegou ao tribunal pela manhã, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).
Paul Haggis, de 69 anos, é acusado desde dezembro de 2017 pela publicitária Haleigh Breest de a ter violado em janeiro de 2013, quando a visada tinha 26 anos.
O cineasta havia sido ainda acusado de agressão sexual por outras mulheres, mas, em Nova Iorque, apenas responde pelas denúncias de Haleigh Breest.
Em junho, Haggis foi detido no sul de Itália, por suspeita de agredir sexualmente uma jovem, factos que negou.
De acordo com vários órgãos de comunicação social dos Estados Unidos, os advogados do cineasta sugeriram na quarta-feira, perante o júri popular do tribunal de Nova Iorque, que a queixa de Haleigh Breest havia sido orientada pela Igreja da Cientologia, com a qual Paul Haggis se separou e que desde então vem criticando. Uma tese contestada pela defesa da queixosa.
Na sua denúncia, Haleigh Breest disse que na noite de 31 de janeiro de 2013, após a exibição de um filme em Manhattan, o realizador insistiu que a mulher fosse beber um copo na sua casa, quando a mesma tinha dito que preferia ir a um bar. No apartamento, Paul Haggis fez muitos avanços antes de a forçar a fazer sexo oral e a violá-la.
Conhecido por ser um dos criadores da série de televisão “Walker, o Ranger do Texas”, que foi transmitida em Portugal nos anos de 1990, Paul Haggis recebeu os Óscares por “Colisão” em 2006.
O realizador foi ainda argumentista de "Million Dollar Baby - Sonhos Vencidos” (2004) e “As Bandeiras dos Nossos Pais” (2006), de Clint Eastwood, e de “007 - Casino Royale” (2006), de Martin Campbell, e “007 - Quantum of Solace” (2008), de Marc Forster.
Comentários