“Ainda Estou Aqui” já é o filme brasileiro mais visto nos cinemas portugueses desde que existem registos oficiais.

Em exibição em 88 salas e nomeado para o Óscar de Melhor Filme, Melhor Atriz e Melhor Filme Estrangeiro, o trabalho do realizador Walter Salles protagonizado por Fernanda Torres foi visto por 122.734 espectadores desde a estreia a 16 de janeiro, segundo dados de hoje do Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA).

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Em apenas 14 dias, o valor ultrapassa o anterior filme brasileiro com mais popularidade nas bilheteiras portuguesas: "Nada a Perder 2", de Alexandre Avancini, sobre a vida do bispo evangélico Edir Macedo, com 114.975 espectadores em 2019.

Pelo caminho já tinham ficado o primeiro "Nada a Perder" e a saga "Tropa de Elite".

"Ainda Estou Aqui" já conquistara o título do melhor fim de semana de estreia de um filme brasileiro nos cinemas portugueses, com 37.233 espectadores entre 16 e 19 de janeiro.

Os dados mais antigos disponibilizados pelo ICA são de 2004, um ano após a estreia portuguesa do fenómeno que foi "A Cidade de Deus", sobre o qual não existem números oficiais.

"Ainda Estou Aqui" remete para o período da ditadura militar do Brasil (1964-1985), recuperando a história do político Rubens Paiva, que foi preso, torturado e morto, e da mulher, a ativista Eunice Paiva, sendo os papéis interpretados por Selton Mello e Fernanda Torres.

O filme baseia-se no livro homónimo, de memórias, do escritor Marcelo Rubens Paiva, filho de ambos, relatando não só a repressão e os atos de tortura sofridos pelo pai – cujo corpo nunca foi encontrado – como também a capacidade de superação e resistência da mãe até ao final da vida.

O filme, no qual entra ainda a atriz Fernanda Montenegro, tem somado vários prémios e elogios da crítica internacional desde que se estreou no festival de cinema de Veneza, no verão passado, em Itália.

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