Após um ano ausente, "A Guerra dos Tronos" parte à frente com o maior número de nomeações (22) e o favoritismo para dominar a disputa. Já ganhou sete estatuetas em categorias técnicas.
Mas, além dos vencedores, existem outros aspectos que dominarão a noite.
Como será abordado o movimento #MeToo?
O movimento #MeToo começou pouco depois dos Emmys do ano passado, e há uma elevada probabilidade de o tema ser abordado na cerimónia deste ano, sobretudo depois da renúncia do presidente da emissora CBS, Les Moonves, por uma onda de acusações sexuais.
Programas com narrativas sobre mulheres como "The Handmaid's Tale", "The Marvelous Mrs. Maisel" e "The Crown" estão entre as séries favoritas à vitória.
Embora este mês o Women's Media Center tenha redigido um relatório destacando que os homens levaram 70% das nomeações que não de representação, chegando aos 94% nas de realização, este número é consideravelmente menor do que os 90% de 2017.
Que peso terá Trump na cerimónia?
Com as estrelas de "Saturday Night Live" Colin Jost e Michael Che aos comandos da cerimónia, e Alec Baldwin mais uma vez nomeado pela sua interpretação do presidente Donald Trump, é muito provável que o evento deste ano seja, novamente, muito político.
Jost disse à revista Vanity Fair que ele e Che esperavam fazer um espetáculo "menos político do que o normal", mas se as outras cerimónias servem de barómetro, será difícil evitar o tempero anti-Trump na capital do entretenimento, que também é um reduto democrata.
Nos prémios Tony, que reconhecem os melhores do teatro, Robert De Niro recebeu uma grande ovação por usar um impropério para condenar Trump. Nos Óscares, em fevereiro, o cineasta mexicano Guillermo del Toro fez um apelo aos imigrantes.
Será a noite da da Netflix?
Em julho, o gigante do streaming finalmente impôs-se no número de nomeações contra a HBO (112 contra 108). Mas será que isso se traduzirá necessariamente em mais troféus?
No ano passado, a HBO levou 29 Emmys e a Netflix 20.
Depois dos Creative Arts Emmys - cerimónia anterior à festa principal que premeia as categorias técnicas, realizada há alguns dias -, a HBO saiu com uma vantagem mínima: 17 a 16.
A HBO tem "A Guerra dos Tronos" e "Westworld" como principais candidatos, enquanto a Netflix vai entra na corrida com "The Crown", "Stranger Things" e "GLOW".
Será este o ano de "The Americans"?
Adorada pela crítica, "The Americans" - série sobre espiões soviéticos nos Estados Unidos durante a Guerra Fria - recebeu 18 nomeações ao longo das suas seis temporadas, mas até agora venceu apenas duas estatuetas, ambas para a atriz convidada Margo Martindale.
Os protagonistas da série, Keri Russell e Matthew Rhys, foram nomeados este ano pela terceira vez. Será que algum deles, ou os dois, poderá comemorar o Emmy, como fez Jon Hamm no final de "Mad Men"?
As previsões do site especializado Gold Derby colocam Rhys como o favorito, enquanto Russell aparece somente no quarto lugar, atrás da vencedora do ano passado, Elisabeth Moss ("The Handmaid's Tale"), de Claire Foy ("The Crown") e Sandra Oh ("Killing Eve").
Outra grande noite para Donald Glover?
Nas comédias, e com "Veep" fora da disputa, a série de Donald Glover "Atlanta" pode ser a grande premiada da noite.
No ano passado, Glover ganhou duas estatuetas por representação e realização, após vencer dois Globos de Ouro pela série sobre a indústria do rap na capital da Geórgia.
Tem sido um ano de grandes sucessos para o talentoso artista de 34 anos, que canta com o pseudónimo de Childish Gambino e levou um Grammy em janeiro de melhor apresentação tradicional R&B.
Gambino pôs o mundo a olhar para si na primavera (no hemisfério norte) com o lançamento do seu polémico single "This is America", com um intenso videoclip. Também entrou no último filme da saga "Star Wars", "Han Solo: uma história Star Wars", e, na semana passada, lançou uma digressão pelos Estados Unidos.
Mais dois Emmys, incluindo o de melhor comédia, poderiam ser a cereja no topo do bolo para o seu ano de 2018.
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