Mais três mulheres afirmaram terem sido vítimas de violência sexual por parte do realizador espanhol Carlos Vermut, somando-se a outras três queixas iniciais feitas há um mês pelo jornal El País, que publicou mais uma parte da sua investigação esta terça-feira (27).
As mulheres, na altura ligadas ao setor cultural, terão sido forçadas por ele a realizar práticas sexuais não consentidas entre outubro de 2012 e início de janeiro de 2024, de acordo com os seus depoimentos.
"Foram relações muito brutais, causaram-me muitos danos", disse uma delas ao jornal.
Outra descreveu "espancamentos, estrangulamentos, humilhações nas suas palavras", enquanto um terceiro relato de uma atriz com quem manteve relações entre março de 2023 e janeiro de 2024, citou dois episódios de violência sexual não consentida e "manipulação psicológica" nos últimos meses.
Tal como nas primeiras acusações, estas três mulheres, que também preferiram manter o anonimato, não denunciaram os acontecimentos por medo de desconfiança da polícia, segundo o El País.
O reputado cineasta não reagiu às novas denúncias, pronunciando-se apenas sobre as acusações no final de janeiro.
Na ocasião, negou todas as alegações e afirmou não estar "consciente de ter cometido violência sexual contra nenhuma mulher", embora tenha reconhecido ter "estrangulado pessoas, sim, mas de forma consentida", declarou ao jornal espanhol.
Perante uma série de queixas recentes no setor cultural e audiovisual espanhol, o Ministério da Cultura anunciou que irá promover uma unidade para tratar e prevenir a violência de género.
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