Formado no ano passado, o movimento congrega estruturas do setor como o Sindicato dos trabalhadores dos espetáculos, do audiovisual e dos músicos (Cena-STE), o Centro Dramático de Évora, o Manifesto em defesa da Cultura, o Sindicato dos Trabalhadores de Arqueologia, a Associação pelo Documentário e a Ação Cooperativista, entre outros.
A tribuna pública, em frente ao Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, vai ter “como mote os problemas da arte e cultura e também aqueles transversais ao resto da sociedade, como a falta de habitação e os despejos de diversas associações culturais”, explicou a organização, num comunicado divulgado na noite de segunda-feira.
“Continuamos com vínculos de trabalho precários, com baixos salários, consequência de décadas de desresponsabilização do Estado e de desinvestimento na Cultura. Continuamos sem pessoal nos serviços de apoio do Estado, quer ao nível da operacionalização dos apoios quer na gestão quotidiana dos serviços, em museus, teatros, arquivos, etc. Continuamos sem uma rede logística, humana e financeira de apoio à divulgação da arte e cultura em todo o território nacional, que possibilite a circulação de artistas e obras e a fruição pelas populações”, lê-se.
O movimento considera que os problemas se “multiplicam, agravam a cada dia e arrastam-se há décadas”, desde o programa de apoio às artes da Direção-Geral das Artes, “que deixa de fora centenas de associações e artistas e os atrasos sucessivos”, à precariedade em áreas como a arqueologia e a “política de Disneylândia” aplicada ao património.
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