Dezenas de séries e filmes vão desaparecer do catálogo global da plataforma Disney+ já a 26 de maio.
A 10 de maio, a Disney anunciara a retirada de "algum conteúdo" das plataformas para o esforço da redução de custos durante a apresentação aos investidores dos resultados do primeiro trimestre de 2023, que revelaram uma quebra de quatro milhões de subscrições no Disney+.
A estratégia acompanha o plano de "produzir um volume menor de conteúdo", a reestruturação noutras áreas e o despedimento de sete mil funcionários anunciada no início do ano.
Confirmada por fonte da Disney à revista Variety, a lista, em atualização, tem mais de 50 produções, incluindo várias apostas mediáticas e bastante promovidas aquando do seu lançamento, como as séries "Willow", "Dollface", "Big Shot", "Y: O Último Homem", "A Hora dos Campeões: Uma Nova Era", "O Mundo Segundo Jeff Goldblum", "A Misteriosa Sociedade Benedict” e “Dollface”, e filmes como "Artemis Fowl", a animação "O Único e Incomparável Ivan" e a versão de 2022 de "À Dúzia é Mais Barato".
Por agora, não se sabe se as séries e filmes vão encontrar outra "casa" disponível.
A decisão da Disney é igual à que foi tomada por exemplo pela plataforma HBO Max em dezembro do ano passado com a retirada de séries como "Westwold" ou "The Nevers" do seu catálogo.
Com isto, os estúdios cortam custos com títulos no seu catálogo cujas audiências não os justificam, como o pagamento de direitos de autor e de imagem ao elenco e equipa, mas também amortizam os "ativos" nos livros de contabilidade, com direito a benefícios fiscais (a diretora financeira da Disney espera uma redução de 1,5 a 1,8 mil milhões de dólares para o trimestre de junho).
A inclusão da série "Willow" é descrita como uma surpresa, pois foi lançada apenas em novembro do ano passado.
"Deram-nos seis meses. Nem isso. Esta indústria tornou-se absolutamente cruel", desabafou nas redes sociais John Bickerstaff, argumentista da série cancelada em março que continuava a história do filme de Ron Howard de 1988.
A ideia de que as séries e filmes exclusivos ficarão eternamente nas suas plataformas de streaming é uma ilusão, recordou em fevereiro o chefe de conteúdos da HBO e da HBO Max (que será apenas Max a partir de dia 23) ao justificar a decisão de remover títulos como "Westword" para explorar o seu licenciamento a outros serviços para expandir o seu público.
"Todos os programas do catálogo que temos na HBO Max precisam de estar exclusivamente na HBO Max? Eu diria que não. As pessoas esquecem-se que a televisão sempre funcionou com 'janelas' [de exibição], DVDs. Estas produções são caras. A ideia que que ficarão no catálogo de uma plataforma de streaming de 15 dólares por mês para sempre... a televisão nunca funcionou assim", disse Casey Bloys à Variety.
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