O presidente da França, Emmanuel Macron, disse esta terça-feira (16) que não se arrepende de ter defendido a "presunção de inocência" do ator Gérard Depardieu, acusado de agressão sexual e violação.
"Não me arrependo de ter defendido a presunção de inocência de uma personalidade pública - um artista, neste caso -, como o fiz com autoridades políticas", comentou Macron durante uma conferência de imprensa no Palácio do Eliseu, em Paris.
"Se me arrependo de alguma coisa, é de não ter dito de forma suficiente o quão importantes são as palavras das mulheres vítimas dessa violência", acrescentou o presidente, de 46 anos.
No mês passado, após a exibição de uma reportagem sobre Depardieu, Macron denunciou que o mesmo estava a ser alvo de uma "caça humana" e ofereceu o seu apoio ao ator, de 75 anos, alvo de três queixas de agressão sexual ou violação, que nega.
O caso Depardieu dividiu o meio cultural francês entre os que acreditam que chegou o momento de revelar os abusos e aqueles que insistem em que se deve deixar a justiça fazer o seu trabalho.
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