Bridget von Hammersmark, a atriz alemã que também era espia para os Aliados em "Sacanas Sem Lei" (2009), é um dos papéis mais importantes na carreira de Diane Kruger, mas também um dos maiores momentos "vai-te lixar" da sua vida (ou, em inglês explícito, um 'f*** you').
Numa entrevista, a atriz alemã recordou momentos de rejeição numa indústria "em que se ouvem mais não do que sim" e as portas que se fecharam em Hollywood após entrar em "Tróia" (2005).
Entre as pessoas que duvidaram do seu talento estava o realizador Quentin Tarantino quando chegou a altura de fazer o 'casting' para "Sacanas Sem Lei".
"Ele testou toda a gente. Ele não me queria fazer um teste porque viu um filme em que eu entrava que não gostou. Portanto, ele não acreditou em mim desde o início", recordou a atriz durante o podcast "Reign With Josh Smith" (a partir dos 33m33s).
"Literalmente, a única razão para ele me ter testado é porque não havia mais ninguém para fazer o teste", acrescentou.
"Tive de pagar o meu próprio voo de Nova Iorque para a Alemanha porque ele não quis, embora, obviamente, ele seja americano, mas não queria encontrar-se comigo nos EUA. Portanto, tive que passar por cima de todos esses obstáculos que sem dúvida me irritaram, mas fiquei tipo, ‘Sabem que mais? Ele que se lixe!'. Eu vou e provar-lhe que consigo fazer. E, felizmente, deu tudo certo, mas às vezes parece tão injusto e é preciso mudar a narrativa", recordou.
A atriz confirmo que foi um momento de grande gratificação, mas não apenas para ela.
"Para os dois lados. Para ele, acho que também deve ter sido uma lição. Às vezes somos nós que nos colocamos – e tenho certeza de que também sou culpada disso –, colocam-se as pessoas em caixas. Pensa-se que elas vão ser uma coisa e depois elas não são nada daquilo", concluiu.
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