A Netflix vai ser a plataforma de lançamento do próximo filme de José Padilha.
Aclamado pela sua saga cinematográfica "Tropa de Elite", sobre os procedimentos da polícia nas favelas do Rio de Janeiro, o realizador brasileiro de 53 anos aprofunda a ligação com a plataforma pelos filmes, após o sucesso mundial com as séries "Narcos", "Narcos México" e "O Mecanismo".
"Sharp" ["Afiado", em tradução literal] será um filme de ação que se passa no mundo dos profissionais em combate com facas, acompanhando seis assassinos forçados a trabalhar juntos para salvar as suas vidas e descobrir quem os traiu após uma operação a nível global acabar mal.
O projeto junta o realizador brasileiro e a atriz e argumentista Nicolette Noble, que no comunicado oficial dizem ter "lido pelo menos 20 livros sobre lâminas, de diferentes épocas e culturas, antes de escrever 'Sharp'. Tudo se resume a isso: os tiroteios costumam ser anónimos; pode-se disparar em alguém de longe. Os combates com facas são sempre íntimos, íntimos e pessoais."
Inicialmente conhecido pelo impacto do documentário "Autocarro 174" (2002), José Padilha viu a carreira disparar com "Tropa de Elite" (2007), vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim, que se tornou um fenómeno que extravasou em muito o cinema e entrou na cultura popular, mesmo fora do Brasil. A sequela, "Tropa de Elite 2 - O Inimigo Agora É Outro" (2010), continua a ser o filme brasileiro mais visto no país.
Apesar de bem sucedido com as séries para a Netflix, o realizador teve primeiro uma grande e frustrante experiência com o seu primeiro filme em Hollywood, uma nova versão de "RoboCop" (2014).
O seu segundo filme em inglês e o mais recente até agora chamou-se "Operação Entebbe" (2018), com Rosamund Pike e Daniel Brühl, que também teve um percurso discreto pelos cinemas.
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