A Administração dos Estados Unidos ordenou a revisão das coleções do Instituto Smithsonian, considerado um marco mundial, para garantir a retirada de "narrativas divisionistas ou partidárias", em cumprimento com as ordens do Presidente Donald Trump.

"Enquanto nos preparamos para celebrar o 250.º aniversário do nascimento da nossa nação (04 de julho de 1776), é mais importante do que nunca que os nossos museus reflitam a unidade, o progresso e os valores que definem a História americana", referiu a Presidência dos Estados Unidos.

O memorando estabeleceu um prazo de um mês para que os vários museus comecem a apresentar propostas sobre as coleções expostas, prevendo que, no prazo de quatro meses, possam começar a ser aplicadas "correções" necessárias.

Os termos considerados ideológicos devem ser substituídos por termos "unificadores".

A medida pode vir a afetar exposições atuais, materiais educativos e publicações nas redes sociais, mas também os planos para futuras exposições.

No passado mês de março, Donald Trump Trump assinou um "decreto" em que acusava os museus do Instituto Smithsonian de alegada manipulação histórica.

Em concreto, os oito museus da rede do Instituto Smithsonian vão ser obrigados a modificar as exposições consideradas "ideologicamente tendenciosas".

Segundo o jornal norte-americano Wall Street Journal, o Museu de História Americana do Smithsonian removeu de uma exposição os documentos relativos às duas tentativas de impugnação contra Donald Trump.

Embora alguns órgãos de comunicação social, citando fontes, tenham sugerido que se tratava de pressão do Presidente, o museu emitiu um comunicado a desmentir a informação e a confirmar que pretende reabrir as exposições.

Em maio, Donald Trump demitiu Kim Sajet, diretora da National Portrait Gallery, em Washington, um museu que também faz parte da rede Smithsonian e que detém os retratos de figuras relevantes do país, incluindo todos os ex-chefes de Estado.