O Linha de Fuga é um projeto que apresenta “características únicas”, já que o festival se realiza paralelamente ao laboratório, afirmou há semanas a diretora e curadora do evento, Catarina Saraiva, ao longo da conferência de apresentação, acrescentando que “não há nenhum festival em Portugal com esta característica de juntar peças terminadas com processos em criação”.
Este ano, subordinado ao tema “Enfrentar medos”, pretende-se discutir sobre se, “enquanto coletividade”, é possível “resistir e ultrapassar os medos que nos são” colocados na sociedade, explicou.
A programação do Linha de Fuga inclui espetáculos, performances, exposições, conversas e ‘workshops’.
O Festival arrancou com a peça Belonging, de Raquel André, nos dias 1 e 2 de novembro, na Oficina Municipal do Teatro - O Teatrão, e apresenta também o espetáculo de dança com criação, performance e direção de Francisco Thiago Cavalcanti, “Também se Matam Cavalos”, do Coletivo Um Cavalo Disse Mamãe, a 29 de novembro, no Convento São Francisco (CSF).
Em termos de estreias absolutas, houve o ‘stand-punk-comedy' de Paloma Calle, intitulado “Paloma Calle que se Calle”, no dia 15 de novembro, no Salão Brazil, e o percurso Corpo/Território, dos artistas Jorgette Dumby, Keissy Carvelli e Malu Patury (esta última com colaboração dramatúrgica de Thales Luz), com performances nos dias 9 e 10 de novembro, no CSF, e no dia 30, na Baixa da cidade.
A estreia nacional de “Mistura#8”, uma performance-movimento de Marina Guzzo, com uma oficina de 6 a 9 de novembro, e a travessia performativa no dia 10, foi outra das propostas.
Enquanto o festival tem lugar entre 1 e 30 de novembro, o Laboratório internacional de criação decorreu entre os dias 1 a 25, com 12 artistas de diferentes países.
A diretora do Departamento de Cultura e Turismo da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), Maria Carlos Pêgo, presente na conferência, anunciou um apoio da autarquia de cerca de 22 mil euros para esta edição do Linha de Fuga, afirmando que o evento apresenta uma “programação muito eclética, diversificada”.
O projeto conta ainda, entre outros, com o apoio financeiro da República Portuguesa - Cultura DGArtes.
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