Ao longo das duas primeiras temporadas de "Heartstopper", o amor entre Nick, personagem interpretada por Kit Connor, e Charlie (Joe Locke, que protagoniza "Foi Sempre a Agatha", do Disney+) foi sempre crescendo e chega agora a uma nova etapa.
Depois de enfrentarem desafios relacionados com a autodescoberta e aceitação, os jovens não têm dúvidas sobre os seus sentimos e estão prontos para dizer "amo-te". Para lá do romance, nos novos episódios, a saúde mental ou a identidade de género são alguns dos temas centrais da narrativa - "Heartstopper" poder ser uam uma série sobre adolescentes, mas não é só para adolescentes.
Veja o trailer:
"Charlie gostava de dizer a Nick que o ama. Nick também tem uma coisa importante a dizer a Charlie. À medida que as férias de verão se aproximam do fim e os meses passam, os amigos apercebem-se de que o ano letivo vai trazer alegrias e também desafios. Enquanto descobrem mais uns sobre os outros e as suas relações, planeiam eventos sociais e festas e começam a pensar nas suas escolhas para a universidade, todos terão de aprender a confiar nas pessoas que amam quando a vida não corre como estava planeado", resume a Netflix.
Saúde mental
A nova temporada arranca durante as férias de verão, com Nick e Charlie a terem de lidar pela primeira vez com a distância e as saudades. Mas, antes de ir de férias, Nick apercebe-se que a saúde mental do namorado está mais frágil - Charlie come pouco, tem vergonha do seu próprio corpo e que se sente inseguro.
Nos primeiros episódios, o estado de saúde de Charlie está no centro da narrativa, com cenas que retratam o sofrimento de alguém com perturbações do comportamento alimentar, que provocam distúrbios graves na forma como avaliam o seu peso e imagem corporal. Em várias cenas, acompanhadas por grafismos escuros - desenhados pela autora -, o protagonista evita comer e revolta-se sempre que o tema da conversa é a alimentação - frequentemente, as pessoas com estes distúrbios não reconhecem que têm um problema de saúde e recusam ajuda.
Ao longo da narrativa, é nos pormenores do dia a dia que os temas relacionados com a anorexia têm um maior impacto: um piquenique com os amigos, um dia na praia ou a hora de almoço na escola colocam uma pressão extrema em Charlie.
O distúrbio alimentar de Charlie é abordado de uma forma crua. Mas, além do seu sofrimento, a série também se foca nos sentimentos de todos os que rodeiam o jovem, nomeadamente o seu namorado e a sua família - as perturbações do comportamento alimentar são doenças psiquiátricas com um impacto profundo na vida das pessoas afetadas, mas também das suas famílias ou das pessoas mais próximas.
Ao longo dos episódios, Nick assume o medo de errar e procura ajuda - durante as férias, o protagonista tem uma conversa com a tia Diane (Hayley Atwell), que é psicóloga, e que partilha alguns conselhos sobre a forma como lidar com alguém com anorexia - um episódio obrigatório e que nos pode ajudar a todos.
Um novo passo na relação
As perturbações do comportamento alimentar de Charlie trazem novos desafios à relação, com Nick a ser sempre o grande apoio do namorado. Mas as inseguranças do jovem com o seu corpo afetam a intimidade, apesar das hormonas estarem aos saltos.
Nos novos episódios de "Heartstopper", o sexo é um dos temas centrais. Ao contrário do que acontece em outras séries, como "Elite", o casal protagonista conversa sobre as suas inseguranças, sem julgamentos ou pressões. O grupo de amigos também apoia e partilha, sem receios, as suas experiências - Tao e Elle também decidem dar um passo importante na relação.
Tal como em "Sex Education", a série também critica as aulas de educação sexual, nomeadamente no Reino Unido, fazendo uma caricatura do que acontece nas escolas.
Mas são vários os temas importantes abordados ao longo dos oito episódios e Charlie e Nick não são os únicos a lidar com os problemas da adolescência. Na terceira temporada, Elle (Yasmin Finney) lida com a disforia de género e Darcy (Kizzy Edgell) debate-se com questões relacionadas com a identidade de género.
A ansiedade e pressão também são exploradas, com Tara (Corinna Brown) a sentir-se desmotivada em relação ao futuro. Já Isaac (Tobie Donovan) combate a solidão entre seus amigos enquanto explora mais a sua assexualidade.
Na terceira temporada, "Heartstopper" explora novos territórios, com temas mais adultos, mas sem perder o seu toque especial que conquistou os espectadores em todo o mundo. Com um elenco forte e no seu auge, a série volta a provar o porquê de ser uma das melhores séries sobre adolescentes no streaming - é uma série sobre jovens, mas que deve ser vista por todos
SINOPSE:
Temporada 1
Rapaz conhece rapaz, os dois tornam-se amigos e acabam por se apaixonar. Quando o meigo Charlie e o fã de râguebi Nick se conhecem na escola secundária, depressa se apercebem de que a sua improvável amizade começa a transformar-se em romance. Charlie, Nick e o seu círculo de amigos vão enfrentar o desafio das suas vidas que os vai levar numa viagem de autodescoberta e aceitação, apoiando-se reciprocamente e aprendendo a serem autênticos.
Temporada 2
Nick e Charlie lidam com os obstáculos da nova relação. Tara e Darcy enfrentam desafios imprevisíveis, enquanto Tao e Elle tentam descobrir se alguma vez poderão ir além da amizade. Com os exames a pairar no horizonte, uma viagem a Paris e um baile de finalistas para organizar, o grupo não tem mãos a medir enquanto passa pelas seguintes fases da vida, do amor e da amizade.
Temporada 3
Charlie gostava de dizer a Nick que o ama. Nick também tem uma coisa importante a dizer a Charlie. À medida que as férias de verão se aproximam do fim e os meses passam, os amigos apercebem-se de que o ano letivo vai trazer alegrias e também desafios. Enquanto descobrem mais uns sobre os outros e as suas relações, planeiam eventos sociais e festas e começam a pensar nas suas escolhas para a universidade, todos terão de aprender a confiar nas pessoas que amam quando a vida não corre como estava planeado.
Linha de apoio psicológico do SNS 24
O serviço de aconselhamento psicológico está integrado na linha telefónica do SNS 24, através do 808242424 e pretende dar apoio às preocupações e desafios psicológicos dos utentes e profissionais de saúde (que se encontrem a prestar cuidados de saúde).
SOS Voz Amiga
Linha de atendimento telefónico disponível para quem está em sofrimento e sente que seria bom falar, anonimamente e sem constrangimentos:
- 213 544 545, 912 802 669 e 963 524 660 (anónimo, diariamente, das 16h00 às 24h00)
- 800 209 899 (gratuito, anónimo, diariamente, das 21h00 às 00h00)
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