
A banda continua a encarnar o melhor do britrock e a marcar gerações de todas as idades, como ficou bem patente ao longo do espetáculo. A dias de apresentar o novo álbum, "The Painful Truth", que será lançado em maio, a banda liderada por Skin não adormeceu nos feitos do passado e reinventa-se, sem perder o norte.
A primeira parte do concerto ficou a cargo da jovem banda "So Good", que incendiou o palco com as suas músicas e coreografias, num estilo a que deu o nome de "ignorant brat pop", uma mistura de drill, hip hop e punk.
Às 22 horas em ponto, soam os primeiros acordes e os Skunk Anansie assumem o palco, com a desenvoltura de quem traz muitos êxitos na bagagem, aos quais junta preciosos novos temas, que lhe dão uma nova vida.
Ao longo de quase duas horas de espetáculo, a plateia incansável, fez-se ouvir, sobretudo no regresso aos "velhos" sucessos da banda, que continuam tão atuais como ontem, prova de que a boa música é intemporal. Braços no ar, palmas na mão e "jump", como Skin não se cansou de fazer e de pedir.
O apogeu pode passar pelos famosos temas, como "Because of You", "Secretly" ou "Weak as I am", mas o quarteto sabe como prender o público, do primeiro ao último minuto, com performances provocadoras, sagazes e inebriantes.
A banda que se recusa viver sobre os "louros" do passado, está mais viva do que nunca. Em viagens entre os anos 90 e o presente, apresentou um poderoso espetáculo, onde as letras, a música, a voz e os instrumentos se mesclam, num cunho inigualável.
Os apelos ao "Fucking fascism" fazem-se ouvir-se, entre "Intellectualize my blackness" ou "Yes, it’s fucking political", num grupo sempre interventivo e criativo, cuja música esbate fronteiras e onde cantamos a mesma língua.
Skin sabe fazer do palco a sua casa e atira-se, mais do que uma vez, para a plateia, onde os braços se esticam para sustê-la mais alto. Lá, onde temos, de novo, 15 anos e acreditamos que a música pode salvar o mundo. Até à última nota de "Follow me down", em que a banda e o público deram "mais do que havia para dar".
Alinhamento
My greatest moment
This means war
Milk is my sugar
Because of you
An artist is an artist
I can dream
God loves only you
Love someone else
Secretly
Weak as I am
Piggy
Twisted
My ugly boy
Animal
It takes blood and guts
Intellectualize my blackness
Yes it’s fucking political
Cheers - A letter to a deity
Hedonism
Little Baby Swastika
Follow me Down
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