Promovido pela referida autarquia do distrito de Aveiro a 12 e 13 de julho, o evento é em 2024 dedicado à liberdade e convoca para isso músicos de seis países, reunidos junto ao rio Cáster para concertos que convidam a usufruir desse espaço verde, “a esticar a toalha e a fazer um piquenique”.
A sugestão é do vereador da Cultura, Alexandre Rosas, que relaciona o cenário da iniciativa com a sua nova duração: “Prolongamos o Festa por mais um dia para que as pessoas do concelho e também os visitantes possam usufruir melhor deste conceito, que passa muito pelo convite para desfrutar do espaço e de toda a sua envolvência, com tempo”.
No dia 12 de julho, o programa arranca às 17h30 com a DJ portuguesa Von X, a que a organização do Festa atribui “influências jazzísticas que não deixam passar em branco a ‘world music’ nas variantes folk e foltronica”, e prossegue com o projeto de base tradicional Sopa de Pedra, com o grupo coral Canto Décimo.
Este espetáculo envolve 10 mulheres que interpretarão à capela, com arranjos polifónicos, desde cânticos mirandeses a baladas açorianas, passando por cantigas das adufeiras da Beira Baixa, cante alentejano e ainda temas de José Afonso e Amélia Muge.
Nesse primeiro dia há mais dois concertos, o primeiro dos quais pelo coletivo Lá no Xepangara, que recorre a músicos de Moçambique, Brasil, Guiné-Bissau e Portugal para refletir sobre a forte presença da cultura africana na vida e obra de José Afonso, e “o papel que esse artista desempenhou na luta pela descolonização, democratização e desenvolvimento da sociedade e cultura lusófonas”. Selma Uamusse, Karyna Gomes, Edu Mundo e Fred Martins serão as vozes em palco.
A última atuação do dia é a da banda portuguesa de percussão Bateu Matou, de Ivo Costa, Quim Albergaria e Riot.
Já a 13 de julho, o Festa começa por apresentar às 16h00 “mais alto, um projeto em que Afonso Cabral, Francisca Cortesão, Inês Sousa e Sérgio Nascimento exploram um repertório que inclui músicas portuguesas, brasileiras e de outras origens.
Uma hora depois segue-se Nancy Vieira, que levará ao palco o seu novo álbum, “Gente”, em que “há as histórias, os sonhos e anseios, as dores e alegrias das gentes de Cabo Verde”.
Depois marca presença o coletivo Acácia Maior, ao qual a organização do Festa reconhece “criação, fusão e tradição” na forma como os respetivos músicos aplicam vários ritmos e expressões do folclore cabo-verdiano a “diferentes estéticas musicais internacionais, numa proposta de celebração das origens”.
O palco passa depois aos África Negra, apontados como “banda de culto com mais de 40 anos de história, embaixadores do som de São Tomé e Príncipe e do ‘Mama Djumba’".
À noite, o Festa faz-se com três concertos: primeiro o de Jorge Palma, que terá Sérgio Godinho como convidado especial; depois o da banda brasileira Bixiga; e, para terminar, o português Branko.
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