O cineasta dissidente russo Kirill Serebrennikov afirmou esta sexta-feira à France Presse que pode voltar a sair do seu país e que se encontra, atualmente, em Berlim, após receber uma redução de pena.
Conhecido pelas suas criações controversas e pelo apoio à comunidade LGBTQIA+, Serebrennikov foi condenado a três anos de prisão por desvio de dinheiro em 2020.
Essa condenação, que os seus advogados consideram política, implicava uma proibição de saída do território.
Aos 52 anos, Serebrennikov beneficiou de uma redução após ter cumprido metade da pena.
"Saí da Rússia porque tive a oportunidade de fazê-lo legalmente", explicou numa declaração enviada pela sua equipa por e-mail.
"Na Europa, tenho alguns compromissos importantes para os meus projetos futuros", explicou.
Porém, não disse se a sua saída da Rússia é definitiva.
Serebrennikov foi convidado a abrir o Festival de Avignon (França) em julho com uma adaptação teatral de "O Monge Negro", de Anton Tchekhov.
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