Após o sucesso que foi "A Substância", que colocou Demi Moore na rota dos Óscares, Hollywood vai buscar inspiração ao clássico de 'body horror' que é "A Mosca" (1986), de David Cronemberh.

O filme é a inspiração para um projeto em desenvolvimento da realizadora norte-americana Nikyatu Jusu para a 20th Century Studios, que faz parte da Disney, e a Chernin Entertainment.

Segundo o Deadline, com argumento da sua autoria, o projeto não será uma nova versão, mas uma história que se passará no universo criado pelo filme, explorando o seu marcante legado de terror.

O plano é que se mantenha o foco nos efeitos práticos, como era habitual no género na década de 1980, que valeram a Chris Walas um Óscar de Melhor Caracterização pelo filme de Cronenberg.

Este projeto junta-se a outros que Nikyatu Jusu está a desenvolver, como um novo filme de terror produzido por Jordan Peele e uma sequela do clássico "A Noite dos Mortos-Vivos" (1968), de George Romero: a realizadora está em alta na indústria após o sucesso de "Nanny" (2022), protagonizado por Anna Diop e Michelle Monaghan, prémio máximo do Festival de Sundance.

A história da fita original de Cronenberg era a de um cientista (Jeff Goldblum) que cria uma máquina de teletransporte de matéria, em que ele próprio se coloca com o objetivo de a testar em seres humanos. Só que, sem que ele saiba, há uma mosca lá dentro e a máquina, sem saber como processar a transferência de matéria, une os dois corpos, o que vai provocar uma transformação gradual do cientista no inseto.

Na origem, esta película também com Geene Davis com que Cronenberg  consolidou a sua reputação em Hollywood era já uma nova versão muito alterada de um título de ficção científica de 1958 com o mesmo título. Nesse filme, realizado por Kurt Neumann e escrito por James Clavell (o autor do romance "Shogun") a partir de um conto de George Langelaan, o cientista (Vincent Price) fica com a cabeça e o braço da mosca e anda à procura do inseto que ficou com a sua cabeça e braço para tentar efetuar a troca.