Podemos chamar a este episódio ‘aquecimento’. Sim, como os jogadores fazem antes de entrar em campo. Em “Fall”, os nossos heróis prepararam-se para a maldição de Ingrid, que destruiria os habitantes da cidade. Tivemos o exemplo de Anna no episódio passado para percebermos o quão cruéis as pessoas conseguem ser sob aquele feitiço.
Serei apenas eu a achar que Storybrooke está constantemente a ser assolada por maldições? Aquela gente não tem descanso mesmo… Será que não está na altura de Edward Kitsis e Adam Horowitz arranjarem outro plano?
Ora bem, começa a luta contra o tempo para arranjar uma solução para combater a maldição da Snow Queen. E, graças a Belle e às fadas (bom saber que ainda andam por ali) e ao colar de Anna, Storybrooke poderia ter uma salvação. Mas claro que Ingrid não é a única vilã com que têm de se preocupar. Parece que só há lugar para um vilão reformado na cidade. Rumple voltou às suas antigas manhas e já pouco tenta esconder a sua verdadeira natureza. Estou mais deserta que toda a gente descubra os seus planos do que os efeitos da maldição…
Paralelamente ao trabalho no Granny’s (a sério, não há mais sítio nenhum naquela cidade?!), também Elsa e Emma andaram com os seus planos. Encontrado o colar de Anna, as amigas encontraram uma verdadeira oportunidade para descobrir o paradeiro da princesa e, ao mesmo tempo, salvar a cidade. Contudo, como nunca nada é simples em Storybrooke, teve que haver uma escolha antes de ser tarde demais: salvar Anna ou a cidade inteira. Claro que os Charmings escolheram a cidade. E claro que Elsa escolheu a irmã. Estava tão perto…
Em Arendelle, Hans e os irmãos despertam Anna e Kristoff. Parece que todos estiveram congelados durante trinta anos. (Por este andar, nenhum personagem de “Once Upon a Time” vai envelhecer…) Anna volta a si e fica desesperada por tirar a irmã da urna. A melhor parte de Arendelle foi mesmo a interação do casalinho. Anna e Kristoff (ou Elizabeth Lail e Scott Michael Foster) têm uma química fantástica.
No meio daquilo tudo, voltámos a encontrar o Barba Negra. Anna procurava uma “wishing star” parar trazer a irmã de volta e foi pedir ao pirata. O problema foi que o irritante (muito irritante) do Hans se adiantou a ela… E o casalinho acabou no fundo do oceano dentro de um baú.
Hans: Because where you’re going, you don’t need money.
Anna: Where’s that?
Hans: Death.
Kristoff: I’m not sure that’s a place.
Numa jogada muitíssimo conveniente, Elsa andava à procura da irmã exactamente nessa altura. Facilitismo a mais, na minha opinião, mas tenho que me lembrar que “Once Upon a Time” é, no fundo, um conto de fadas. Aliás, rapidamente me esqueci de tal coisa quando se deu o tão esperado reencontro das irmãs. Foi emocionante, enternecedor e… sol de pouca dura porque há assuntos mais importantes naquela altura.
Anna: What a funny looking world.
Elsa: Right?!
Ingrid colocou finalmente em prática o seu plano, mas, para mim, o plano verdadeiramente diabólico é o de Rumple, que usa Hook a seu bel-prazer. Pobres fadas e coitada da Belle quando descobrir isto tudo…
Está tudo preparado para a maldição. Neal foi entregue a Emma e a Elsa (que estão imunes, assim como Anna), David e Snow trancaram-se nas celas da polícia, Regina foi para a sua caixa-forte e Henry ficou no gabinete da Presidente. Mas, obviamente, nada disto vai ficar assim… Viram bem as caras de Snow e David no final? Ai, ai… Teria sido mais inteligente terem ficado separados.
Este episódio ficou mesmo marcado pelo regresso de Anna (apesar de eu ter esperado que tal só acontecesse no final de tudo, por isso, foi uma agradável surpresa), mas a pedra no meu sapato continua a ser Rumple…
Nota: 8/10
Maria Sofia Santos
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