Quando, num encontro da Netflix com a imprensa em Londres, para a apresentação de algumas das próximas apostas do serviço de streaming, contávamos ter um entrevistado com o qual falássemos português, Wagner Moura trocou-nos as voltas ao fazer-se acompanhar de Pedro Pascal.
A mudança repentina, sem pré-aviso, levou a que a entrevista tivesse de ser feita em inglês, mas o imprevisto acabou por nem ser um problema. Sobretudo porque os dois atores, que em "Narcos" são rivais, ao vivo parecem tudo menos isso, e encarregaram-se de ir fazendo uma entrevista dentro da entrevista à medida que se foram interrogando sobre a forma como encarnaram personagens baseadas em figuras reais.
E estiveram sempre de acordo ao reconhecerem a liberdade criativa concedida pela Netflix, que deixou a pesquisa sobre o narcotraficante Pablo Escobar a cargo da estrela brasileira e tratou de apresentar o ator chileno (até aqui mais conhecido pela participação em "A Guerra dos Tronos" como o saudoso Oberyn Martell) a Javier Peña, ex-agente da Drug Enforcement Administration.
"Mas a expectativa estava lá na mesma", realça Pascal, assinalando que o voto de confiança (quase cega) não foi sinal de falta de exigência. Em particular em relação ao protagonista, a figura mais popular desta viagem ao mundo da droga retomada nesta sexta-feira, 2 de setembro, com outra dezena de capítulos disponibilizada na íntegra.
O destino do criminoso colombiano não será um spoiler, embora isso não demova o interesse dos muitos seguidores que tornaram esta numa das produções mais bem sucedidas da Netflix. Wagner Moura continua igual a ele próprio e assumidamente diferente da figura que encarna. "Não quis imitar o Pablo Escobar", diz-nos. O desempenho, não sendo consensual (o sotaque, por exemplo, foi alvo de críticas), é apesar de tudo um dos principais motivos na origem do fenómeno. Outro é o cocktail de perseguições, conspirações e mortes que não parece ter ficado para trás no arranque desta segunda temporada...
Conheça também a história de Pablo Escobar, o homem por trás do mito, no SAPO 24.
O SAPO MAG viajou a convite da Netflix.
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