"Não me oponho a que as histórias sejam contadas, mas sim que glorifiquem os criminosos e mostrem o tráfico de drogas com glamour, uma vez que isso confunde os jovens", declarou ao jornal espanhol El Periódico Sebastián Marroquín, que mudou de nome - Juan Pablo Escobar - depois da morte do seu pai.
"Todos os dias recebo mensagens de jovens que me pedem ajuda para serem como o meu pai. Querem ser bandidos, mandam-me fotos vestidos como ele, com o seu bigode, o seu penteado, e fazem todo um elogio à violência", afirma.
"As narcosséries converteram o meu pai num herói e incentivam nos jovens a ideia de que ser narcotraficante é 'cool'", acrescentou.
Marroquín, de 39 anos, já enumerou várias incongruências na série da Netflix sobre o seu pai.
"Propus-lhes contarem a história completa, sem manipular, mas disseram-me que não lhes interessava, que a minha família não sabia nada. Preferiram as invenções de argumentistas que escrevem a partir da Califórnia", criticou Marroquín.
Escobar liderou o maior cartel de cocaína do mundo nos anos 1980. Marroquín tinha 16 anos quando o seu pai foi morto pela polícia colombiana em 1993. Refez a sua vida na Argentina e, em 2014, publicou um livro centrado no pai.
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