A Disney registou uma receita melhor do que o previsto no primeiro trimestre do ano, mas sofreu uma inesperada redução de subscritores no seu serviço de streaming, Disney+, o que provocou uma reação negativa em Wall Street.
A companhia sediada em Burbank, na Califórnia, gerou uma receita de 21,8 mil milhões de dólares (cerca de 19,95 mil milhões de euros, à cotação do dia), 13% a mais do que no mesmo período do ano passado, segundo nota divulgada esta quarta-feira.
Ao mesmo tempo, a Disney perdeu quatro milhões de subscritores líquidos na plataforma Disney+ nos três primeiros meses do ano, caindo para 157,8 milhões ao final do período, enquanto os analistas estimavam que este indicador estivesse acima dos 163 milhões.
Nas operações eletrónicas após o fecho em Wall Street, as ações do grupo transacionavam com uma queda de 3,19%.
A redução da base de subscritores do Disney+ deveu-se principalmente à queda de 8% na Índia, onde a variante Hotstar do serviço representa quase um terço do total mundial.
Mas a gigante do entretenimento também registou uma ligeira queda (-1%) na América do Norte.
No entanto, a receita média por subscritor da Disney aumentou 13%, devido sobretudo ao aumento dos preços.
O negócio do streaming continua a ser deficitário, mas manteve a redução de perdas no trimestre.
Assim como no trimestre anterior, os resultados do grupo foram impulsionados pelos parques temáticos, cuja faturação aumentou 17% em relação ao ano anterior, graças à melhoria das visitas, mas também ao aumento dos preços.
O aumento só nos parques chegou aos 23%, mas a receita do setor foi afetada pelo mau desempenho das vendas de produtos licenciados, que caíram 23%.
No total, a Disney conseguiu conter o aumento dos custos (+10,7%) a um ritmo inferior ao da sua receita (+13%).
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