
Sean "Diddy" Combs será sentenciado em 3 de outubro por sua condenação por ajuda à prostituição, após um veredito dividido que o absolveu dos crimes que acarretavam punições mais graves.
O rapper e magnata da música foi considerado inocente das acusações abrangentes de extorsão e tráfico sexual após o julgamento, no qual foi acusado de abusos violentos.
Mas o júri considerou-o culpado de duas acusações de transporte para prostituição, cada uma com pena máxima de 10 anos de prisão.
É improvável que o juiz imponha a pena máxima.
Os procuradores afirmaram em documentos judiciais que, com base nas diretrizes federais de condenação, uma pena de 51 a 63 meses de prisão seria potencialmente apropriada — mas eles também poderiam pedir uma pena maior.
A sua defesa, também interpretando as diretrizes federais, indicou que planeia propor uma pena mais branda, de 21 a 27 meses.
Combs, de 55 anos, está preso desde setembro de 2024 num famosa prisão do Brooklyn, e todo o tempo que já passou atrás das grades contará para a sua sentença final.
O júri proferiu o seu veredito dramático a 2 de julho, após apenas 13 horas de deliberação e oito semanas de intensos depoimentos e argumentos.
Ao longo dos dois meses do processo, os procuradores acusaram Combs de ser o líder de uma organização criminosa com décadas de existência, orientando funcionários e guarda-costas leais a cometerem uma série de crimes às suas ordens.
Mas Combs foi absolvido da acusação de extorsão, bem como de duas acusações relacionadas com tráfico sexual de mulheres com quem mantinha relacionamentos duradouros.
Essa absolvição levou a sua equipa de defesa, em júbilo, a propor a libertação do produtor e empresário sob fiança, pedido que o juiz Arun Subramanian negou.
O juiz citou o histórico de confissões de violência doméstica de Combs na decisão — uma defesa que se mostrou vital para a absolvição do artista das principais acusações, mas teve um preço.
Ainda assim, as acusações pelas quais Combs foi condenado são significativamente menos graves do que extorsão e tráfico sexual, já que um veredito de culpado poderia tê-lo condenado à prisão perpétua.
Ao determinar a sentença, o juiz considerará os argumentos de ambas as partes.
O governo procurará uma sentença mais longa com base na violência documentada e no uso de drogas de Combs, além de ter cometido as mesmas violações pelas quais foi condenado mesmo sabendo que estava sob investigação por agentes federais.
A defesa de Combs argumentou que ele merece uma sentença mais branda, visto que estava a usar serviços de prostituição em vez de lucrar com sexo contratado.
Comentários