“Ruy, a história devida”, espetáculo em que o ator prestes a celebrar 96 anos de idade conta “histórias inéditas da sua longa e inspiradora” carreira de quase 81 anos, e “A ratoeira”, de Agatha Christie, são os espetáculos com que o decano dos atores portugueses vai percorrer Portugal num total de quase 30 espetáculos até setembro.
Barcelos, onde hoje representará “Ruy, a história devida” é a próxima data da digressão do ator, que se estreou como amador em 1942 e como profissional em 1947.
Estreada em 18 de janeiro, no auditório do Taguspark, em Porto Salvo, Oeiras, a peça incita o público a fazer perguntas ao ator tornando-o "mais do que um espetáculo, mas uma conversa intimista entre amigos", segundo a produtora.
Com encenação de Paulo Sousa Costa, “Ruy, a história devida”, em que Ruy de Carvalho se apresenta em palco com Luís Pacheco, tem texto de Paulo Coelho, cenografia e figurino de Anne Carestiato e Fernanda Dias, desenho de luz de Félix Feliciano e José Teles na assistência de cenografia.
Depois, Ruy de Carvalho voltará ao auditório do Tagus Park, nos dias 25 e 26, para duas récitas do espetáculo, segundo a produtora, havendo sessões nos dias 08, 09, 10, 11, 12, 28 e 29 de março, 05, 18 e 19 de abril, e 06, 07, 13, 14, 20 e 21 de maio, de acordo com a bilheteira ‘online’.
Em 01 de março, dia em que completa 96 anos, Ruy de Carvalho estará no Coliseu do Porto com “A ratoeira”, num espetáculo já esgotado.
Com “A ratoeira”, peça que começou como teatro radiofónico e se estreou, em 1952, em Londres, e que Ruy de Carvalho protagonizou nos anos 1960, o ator estará em S. João da Madeira (26 de março), no Teatro Politeama, em Lisboa (dias 03, 09, 10, 16, 17, 24, 25 de abril e 01 de maio), e dia 15 de abril, em Beja.
A peça que Ruy de Carvalho volta a interpretar perto de 50 anos depois, desta vez numa encenação de Paulo Sousa Costa, estreou-se no Politemama, em fevereiro de 2022.
Com cenografia e figurinos de Fred Klaus, "A ratoeira" tem interpretações de Ruy de Carvalho (Major Metcalf), Daniel Cerca Santos (Sargento Trotter), Elsa Galvão (Sra. Boyle), Filipe Crawford (Sr. Paravicini), Henrique de Carvalho (Christopher Wren), Luís Pacheco (Giles Ralston, personagem interpretada por Ruy de Carvalho na encenação dos anos 1960), Sara Cecília (Miss Casewell) e Sofia de Portugal (Mollie Ralston).
Já a peça “Ruy, a história devida" terá apresentações em Ponte de Lima (04 de março), Mealhada (18 de março), Lagos (25 de março), Leiria (13 de abril), Figueira da Foz (10 de junho), Alcanena (16 de agosto), Albufeira (19 de agosto) e, em Anadia, em setembro, acrescentaram à Lusa a produtora e a filha e agente do ator, Paula Carvalho.
Póvoa de Varzim e Póvoa de Lanhoso, nos dias 26 e 27 de maio, são outras localidades onde a peça “deverá ser representada”, indicou Paula Carvalho.
Nascido em 01 de março de 1927, em Lisboa, Ruy de Carvalho estreou-se, em 1942, como amador, no Grupo da Mocidade Portuguesa, na peça “O jogo para o Natal de Cristo”, numa encenação de Francisco Ribeiro (Ribeirinho).
A estreia profissional viria a acontecer cinco anos depois, na comédia “Rapazes de hoje”, de Roger Ferdinand, no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, na companhia Rey Colaço/Robles Monteiro, concessionária daquele teatro no Rossio entre 1929 e 1964.
O ator esteve no relançamento do teatro quando este reabriu portas, em 1978, tendo integrado a companhia residente até à extinção desta, em 2000.
Com um vasto currículo de prémios, condecorações e homenagens, a próxima a realizar em 23 de abril, em Setúbal, pela autarquia de Setúbal e delegação local do Lions Club, Ruy de Carvalho tem uma carreira variada no teatro, cinema e televisão e é o ator no ativo com mais longa carreira artística.
"Ruy, a história devida" e "A ratoeira" são produzidas pela Yellow Star Company.
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