As mulheres que acusaram Harvey Weinstein de abusos sexuais foram finalmente ouvidas porque o produtor norte-americano tinha perdido poder, afirmou a atriz britânica Rachel Weisz numa entrevista ao jornal Evening Standard.
Mais de 100 mulheres acusaram Harvey Weinstein de assédio sexual, abusos ou violação desde que uma reportagem do New York Times de 5 de outubro revelou a sua conduta ao longo de mais de 20 anos.
Para Rachel Weisz, de 47 anos, isto não teria acontecido se a estrela de Weinstein não estivesse em queda. Ela citou o exemplo da sua amiga Sophie Dix, atriz britânica, que acusou o produtor de abuso sexual num quarto de hotel quando ela tinha 22 anos.
"A minha amiga Sophie Dix está a falar sobre isto desde os anos 1990. Ela contou a história a quem quisesse ouvir nos últimos 20 anos. E ninguém parecia querer saber", disse Weisz, vencedora do Óscar de Atriz Secundária por "O Fiel Jardineiro" (2005)
"Acredito que o seu poder estava em queda", destacou Weisz como a principal razão da mudança.
"O mesmo aconteceu com Bill O’Reilly, com Charlie Rose [dois apresentadores americanos acusados de condutas similares]. É uma questão económica, já não rendiam muito dinheiro", completou.
A atriz expressou ainda a esperança de "mudanças estruturais".
"Que as mulheres que não contam com grandes plataformas no Twitter, que são enfermeiras ou trabalham em escritórios, sintam que podem falar com os chefes", completou.
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