Harvey Weinstein, o outrora poderoso produtor de Hollywood que cumpre pena por violação, foi diagnosticado com um tipo de cancro na medula óssea, noticiaram esta segunda-feira os meios de comunicação norte-americanos, um mês depois de ter sido acusado de um novo crime sexual.
Weinstein, de 72 anos, sofre de leucemia mieloide crónica e está a receber tratamento numa prisão de Nova Iorque, informaram a NBC News e a ABC News, citando fontes próximas do caso.
O diagnóstico surge após uma série de problemas de saúde do magnata do entretenimento caído em desgraça, que parecia pálido e visivelmente frágil durante uma breve aparição no tribunal em setembro.
Nessa altura, o procurador de Manhattan Alvin Bragg acrescentou uma nova acusação por "agredir sexualmente uma mulher num hotel de Manhattan numa única ocasião entre 29 de abril e 6 de maio de 2006". Weinstein declarou-se “inocente”.
O ex-produtor submetera-se dias antes a uma cirurgia cardíaca, após a qual seu representante disse que ele estava “no momento, fora de perigo”.
Weinstein cumpre pena de 16 anos de prisão depois de ser condenado por violação na Califórnia.
Ele também foi condenado em Nova Iorque em 2020 por violação e agressão sexual de uma atriz e por praticar sexo oral à força numa assistente de produção.
Nesse caso, foi condenado a 23 anos de prisão.
As acusações contra Weinstein ajudaram a lançar o movimento #MeToo em 2017, considerado um separador de águas na luta das mulheres contra a má conduta sexual.
Mais de 80 mulheres acusaram-no de assédio, agressão sexual ou violação, incluindo as atrizes Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow e Ashley Judd.
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