O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou esta terça-feira que o seu governo exiba "documentários" sobre a ofensiva das forças de Moscovo na Ucrânia, antes que a mesma complete um ano em fevereiro.
Putin pediu ao Ministério da Cultura "que apresente propostas para garantir a exibição de documentários nacionais nas redes de cinema sobre temas relacionados com a operação militar especial e à luta contra a propagação da ideologia neonazi e neofascista", segundo mensagem publicada no 'site' do Kremlin.
A Rússia justifica a sua ofensiva na Ucrânia com o desejo de "desnazificar" o país, e o Kremlin acusa o presidente ucraniano Volodimir Zelensky e as autoridades de Kyiv de conivência com os movimentos ultranacionalistas.
Por outro lado, Moscovo apresenta a sua ofensiva como um conflito com o Ocidente, devido ao fornecimento de armas pelos países ocidentais a Kyiv.
A decisão ocorreu após vários contratempos sofridos pelo Exército russo na Ucrânia, que nos últimos meses teve que abandonar a província de Kharkiv, no nordeste, e a cidade de Kherson, no sul.
Na segunda-feira, os militares russos tiveram que reconhecer um ataque contra as suas tropas na cidade de Makiivka, no leste da Ucrânia, responsável pela morte de pelo menos 89 pessoas, mas as autoridades de Kyiv e bloggers pró-Rússia fala em centenas de vítimas e feridos.
A Rússia já aprovou inúmeras leis para controlar o discurso à volta da sua "operação militar especial", como classifica o conflito.
A lei pune severamente quem dissemina o que a Justiça russa considera como "mentiras" sobre as forças armadas.
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