Até 12 de novembro, este festival multidisciplinar que assinalou em 2022 duas décadas de atividade, apresentará teatro, instalação, performance e cinema, em vários espaços da capital, anunciou hoje a organização.
A abertura do segundo momento dá-se com "Temos Apenas o Presente", de Manuela Marques, a 13 e 14 de outubro, no Centro Cultural de Belém (CCB), onde "duas pessoas perdidas, num espaço etéreo, procuram uma saída, amparando-se mutuamente", trazendo “para o plano da perceção certas dores estigmatizadas e relevadas", segundo a sinopse da peça.
Com direção artística e texto de Manuela Marques, a interpretação é de Ana Marta Ferreira e Filipe Matos, a realização de Rita Nunes, e a cenografia de Diogo Dias João.
Uma semana depois, entre 19 e 21, a performance "Loba", de Mariana Pacheco de Medeiros, mostra-se pela primeira vez em Lisboa, no espaço Appleton, e, nesse fim-de-semana, apresentam-se também "Vaziopleno", de Mário Afonso, no Centro de Artes de Lisboa, e "Variações sobre o tempo dos jacarandás", de Sofia Dinger e Yaw Tembe, na Casa da Estação, ambas em estreia absoluta.
No sábado, 21 de outubro, estreia-se em Lisboa, em colaboração com o festival Doclisboa e o Family Film Project, o filme "Andromeda", de Luciana Fina, na Cinemateca Portuguesa, que convoca a expressão artística e cinematográfica inscrita na televisão pública italiana nos anos 1960 e 1970.
Numa época em que "o cinema questionava profundamente a sua relação com o real, e em que surge a resposta experimental da videoarte", a personagem de uma jovem telespetadora, entregue à descoberta e à experimentação do novo 'medium', leva o público através do tempo, esbatendo os limites entre o documento e a ficção.
A 27 e 28 de outubro, Joana de Verona leva a performance-instalação "Kali", quarta estreia absoluta deste segundo momento do certame, à Rua das Gaivotas, 6. A obra trabalha o universo onírico, pesquisando "o mistério e o poder do inconsciente" na relação da instalação de vídeo e dos corpos das performers.
"É uma exploração com base na ideia de repetição e continuidade como se de um sonho se tratasse, e se o tempo suspendesse", descreve a sinopse desta criação de Joana de Verona, que conta com a interpretação de Lucília Raimundo, Mélanie Ferreira e André Teixeira.
No início de novembro, a 02 e 03, "Trans*Performatividade", performance de Aura, estreia no Mono Lisboa.
Este segundo e último momento do Temps d’Images encerrará com a estreia absoluta da peça "A Bola de Cristal", de Luísa Fidalgo, no Café Teatro Cinearte (A Barraca), a 11 e 12 desse mês.
Desde a sua primeira edição que o Temps d'Images tem como principal objetivo apoiar a criação contemporânea e os seus protagonistas, promovendo a aproximação entre artistas, programadores e público, e fomentando a circulação e apresentação de trabalhos de relevo, segundo os organizadores do festival, uma produção da DuplaCena/Horta Seca, financiada pela Direção-Geral das Artes e pela Câmara Municipal de Lisboa.
Ainda segundo a organização, desde que o certame surgiu, em 2003, apresentou mais de 400 peças, muitas delas inéditas, de autores portugueses e estrangeiros, em diversos formatos e géneros, incluindo a performance, teatro, instalação, cinema, dança, fotografia e música.
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