O festival multidisciplinar Temps d'Images regressa a 12 de outubro com nove obras multidisciplinares, estreias absolutas e o retomar do estaleiro - projeto que une criadores de diferentes linguagens artísticas, anunciou a organização.
Neste segundo momento da 22.ª edição do festival - que passou a estar dividido em duas partes ao longo do ano -, a decorrer até 31 de outubro, a programação “abrange teatro, performance e instalação, em obras que refletem a atenção do Temps d’Images à criação, experimentação e inovação artística em que imagem e palco se encontrem”.
O festival vai abrir com a estreia de “Primeira Solidão”, no CAL - Centro de Artes de Lisboa, um projeto conjunto da cineasta Catarina Mourão e da atriz Rita Cabaço, realizado a convite do festival, no âmbito do projeto estaleiro, que regressa seis anos depois da sua última edição, que aconteceu em 2018.
O Teatro do Bairro vai estrear em Lisboa, nos dias 17 e 18, a peça “Corpo”, de Ana Luena & José Miguel Soares e Nuno Nolasco, um jogo de identidades com três personagens que se desdobram em vários corpos, vozes e tempos.
Para o fim de semana de 19 e 20, o festival reserva uma proposta dupla: “Classified”, espetáculo em que José Nunes explora o seu fascínio pela personagem de James Bond, no Pequeno Auditório do Centro Cultural de Belém; e “Cabeça Coração”, uma estreia absoluta de Bruno Alexandre, na Mono Lisboa, que cita obras de vários artistas plásticos na sua ligação com o corpo, para destas extrair segredos e inventar histórias.
A terceira estreia deste segundo momento do festival é o espetáculo “O Centro do Mundo”, de Ana Borralho & João Galante, que sobe ao palco do Teatro do Bairro Alto, entre 22 e 25 de Outubro, sobre uma realidade paralela, na qual coabitam real e virtual.
O projeto “O que pisamos”, do grupo Apneia Colectiva, que relaciona artes performativas e visuais com arqueologias ancestrais, mitologias e fantasmagorias, apresenta duas performances em momentos distintos.
A primeira acontece a 17 e 18 de outubro, uma performance-livro com vários capítulos, da autoria de Joana Levi, intitulada “Primárias & Exóticas”, que segue a história de florestas, matas e jardins, mas que ainda não tem lugar de apresentação confirmado.
A segunda é uma instalação de Elisabete Francisca, “Os Meus Totens”, uma série de fotografias expostas no espaço Duplacena 77, entre 21 e 26 de outubro.
Outra estreia é “Preferia não o fazer”, de Pedro Russo, um espetáculo que remete para “Bartleby”, de Herman Melville, e que consiste num monólogo que cria um anti-herói de banda desenhada, que reclama o direito ao ócio e contesta o tempo que se perde a fazer aquilo que não se quer.
Este espetáculo terá apresentações nos dias 25 e 26 de outubro, na Rua das Gaivotas 6.
A última estreia deste festival é protagonizada pela atriz Sofia Dinger, que regressa ao Temps d’Images com a performance “O ano depois”, uma apresentação intimista sobre cartas que tem por escrever, a ter lugar entre 28 e 31 de outubro, na Casa da Estação.
A obra do Bestiário, “Nós somos as netas de todas as bruxas que vocês não conseguiram queimar”, uma construção sobre a perseguição das mulheres, da Idade Média à atualidade, é outro dos destaques da programação, mas ainda sem data nem local confirmados
O festival termina no dia 31, com a Festa de Encerramento, no Duplacena77.
O Temps d'Images, festival multidisciplinar que assinalou em 2022 duas décadas de atividade, é uma produção da DuplaCena/Horta Seca financiado pela Direção-Geral das Artes e pela Câmara Municipal de Lisboa.
De acordo com a organização, desde que o certame surgiu, em 2003, apresentou mais de 400 peças, muitas delas inéditas, de autores portugueses e estrangeiros, em diversos formatos e géneros, incluindo performance, teatro, instalação, cinema, dança, fotografia e música.
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