O renovado Centro de Arte Moderna (CAM) da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, é hoje inaugurado e vai ter no fim de semana uma festa de entrada livre que inclui performances, concertos, conversas e exposições.
A inauguração com as entidades oficiais é hoje, mas no fim de semana todo o edifício do CAM e o jardim estarão em festa, sobretudo na Engawa - espaço de passagem, interior e exterior nas casas tradicionais japonesas - elemento central na remodelação, projetada pelo arquiteto japonês Kengo Kuma, enquadrado pelo exterior desenhado pelo paisagista libanês Vladimir Djurovic.
No sábado, a celebração começa com uma conversa entre o diretor do CAM, Benjamin Weil, e o arquiteto Kengo Kuma, e culmina com uma festa de três momentos, organizada com o coletivo musical Filho Único.
“Queremos começar este capítulo a dançar, juntos, na Engawa”, disse há uma semana a diretora-adjunta do CAM, Ana Botella, durante uma visita realizada para mostrar aos jornalistas o centro remodelado.
A noite de sábado foi pensada “como uma viagem em três atos: do jazz místico de Nala Sinephro às batidas eletrónicas de Nidia, com raízes na África Lusófona e nos subúrbios de Lisboa, passando pela ´jungle´ music futurista de Tim Reaper”, segundo a programação no ‘site’ da Gulbenkian.
O segundo dia de festa, domingo, irá centrar-se no regresso da Temporada Japonesa, que se estende até 2025, "com propostas arrojadas que vêm pela primeira vez a Portugal”, segundo a diretora-adjunta do CAM.
Haverá uma conversa em torno da obra do artista plástico e ‘designer’ Fernando Lemos, que conta com a participação do antropólogo Ryuta Imafuku, bem como uma performance conjunta da poeta Ryoko Sekiguchi e do compositor e DJSamon Takahashi.
A celebração de reabertura - que conta com atividades para crianças e famílias - irá encerrar com um concerto na exposição de Leonor Antunes, da compositora Éliane Radigue.
Encerrado desde 2020, o CAM - que terá agora entrada pelo n.º 2 da Rua Marquês de Fronteira - ganhou cerca de 900 metros quadrados de novas áreas expositivas.
O edifício reabre com várias exposições, de Leonor Almeida e Fernando Lemos, que terão entrada gratuita até 07 de outubro.
Com as alterações feitas o piso subterrâneo, onde irá funcionar também o novo centro educativo, passa agora a ter luz natural.
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