Rogério de Carvalho dedicou grande parte da sua carreira de 60 anos no teatro a textos de dramaturgos como Jean Genet, Bernard-Marie Koltès, Rainer Werner Fassbinder, Howard Barker, Eugene O'Neill e Anton Tchekhov, sem esquecer clássicos como Molière e Gil Vicente, nem tão pouco origens do drama, de Platão a Eurípides.
Nascido em Gabela, Angola, Rogério de Carvalho iniciou a sua carreira ainda enquanto aluno do Conservatório Nacional de Lisboa, atual Escola Superior de Teatro e Cinema, na qual lecionou até 2007.
Breyten Breytenbach, Peter Handke, Arthur Schnitzler, Pierre de Marivaux foram outros dramaturgos que trouxe para os palcos portugueses.
Reconhecido pela exigência a que se impunha, Rogério de Carvalho foi distinguido com o Prémio Almada 2001 e com o Grande Prémio da Crítica em 2012, por espectáculos que dirigou para as companhias Ensemble e 'As Boas Raparigas vão para o céu, as más para todo o lado', projeto teatral de que foi diretor artístico, criado no seio de uma nova geração de criadores da cidade do Porto.
Trabalhou regularmente com a Companhia de Teatro de Almada e com o Teatro Griot, o Teatro Oficina e A Escola da Noite, entre outras companhias, e dirigiu espectáculos para os teatros nacionais D. Maria II e São João.
Acompanhou a formação de sucessivas gerações de teatro universitário, em Braga e no Porto, destacando-se o seu trabalho com o Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra (TEUC), através da direção de peças como “O Sonho”, de August Strindberg, e “Oresteia”, de Ésquilo.
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