O FIPP abre sob o tema "Ruir", no dia 26 de julho, às 18h00, no Pestana Palácio do Freixo, em Vila Nova de Gaia (Porto), com uma 'poetry talk', ou seja, uma conversa entre as poetas Chus Pato (Galiza, Espanha) e Inês Lourenço (Portugal), com moderação do também poeta José Manuel Teixeira da Silva, avançou hoje à agência Lusa Francisco Reis, um dos organizadores do festival, um projeto organizado pela Poetria, livraria especializada em poesia e teatro, que conta com 20 anos de existência no coração da cidade do Porto.
Em entrevista telefónica, Francisco Reis explicou que o evento promete celebrar a poesia em todas as suas formas ao longo dos meses de julho, agosto, setembro e outubro, e o tema da primeira edição é "RUIR", no sentido de propor “uma renovação”, “um renascimento”, no fundo como uma reflexão sobre a ideia de colapso, explorando a força transformadora da poesia”.
O festival tem a Galiza como região parceira desta primeira edição, realçando os “laços linguísticos, históricos e culturais partilhados com o Norte de Portugal”.
“O FIPP é um festival internacional de poesia do Porto. Queremos que seja um evento cultural de referência, anual, dedicado à celebração da poesia e à promoção da arte poética, como uma forma de expressão contemporânea”, explicou Francisco Reis.
No sábado, dia 27 de julho, o FIPP propõe um momento de ‘poetry sound’ com o espetáculo “Camiño do meu contento”, pelo grupo artístico “Sinais de Cena”, que se dedica à leitura e performance de textos poéticos e prosa.
No domingo, dia 28 de julho, pelas 10h20, decorre uma ‘poetry lab’, ou seja uma oficina de escrita criativa para poesia, no Museu Nacional Soares dos Reis. “Brincar com as palavras” é o nome da oficina cujo objetivo é tentar descobrir a poesia em família, em sessões de 45 minutos cada, destinadas a crianças a partir dos 8 anos.
Também no domingo está programada uma ‘poetry talk’, no Museu Soares dos Reis, pelas 15h30, com Marta Bernardes, Tiago Alves Costa e Ismael Ramos.
A programação do FIPP continua no primeiro fim de semana de agosto, com mais conversas, oficinas de escrita criativa, ‘poetry slam’, ‘spoken word’, entre outras atividades, e desenrola-se ao longo dos próximos quatro meses aos fins de semana, explicou Francisco Reis
Os objetivos do FIPP são vários, mas Francisco Reis destaca a vontade de “promover a acessibilidade da poesia a um público mais amplo”, bem como “estabelecer pontes” e “promover a inovação e a diversidade do diálogo através da poesia” e ser um local de encontro e reflexão para os amantes da poesia.
O festival vai contar com a participação de poetas consagrados e emergentes de Portugal como Ana Rocha, Emanuel Madalena, Fernando António Machado, Francisca Camelo, Inês Lourenço, José Manuel Teixeira da Silva Ismael Ramos, Marta Bernardes, Miguel Royo, Rosa Alice Branco, Pedro de Queirós Tavares, Tiago Alves Costa.
E conta também com poetas da Galiza, Espanha, como Chus Pato, Esther F. Carrodeguas, Marga Tojo, Olga Novo, Rosalia Fernandes Real, Samuel L. Paris, Xosé María Álvarez Cáccamo, entre outros.
O FIPP termina a 27 de outubro, altura em que o festival fecha com uma ‘poetry talk’ “virada para o futuro”, com dois poetas galegos, Ester Carrodeguas e Samuel L. Paris, e os portugueses Francisca Camelo e o Emanuel Madalena, acrescentou Francisco Reis.
A Poetria é hoje um ponto de encontro para poetas, leitores e amantes da literatura. Além da venda de livros, a Poetria promove eventos culturais, lançamentos de livros, 'workshops' e debates, contribuindo para a dinamização da cena literária da cidade do Porto.
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