A decisão judicial apertada, de quatro votos contra três, anulou de maneira surpreendente um dos casos decisivos do movimento #MeToo, embora Weinstein continue preso por uma sentença separada de 16 anos por violação proferida na Califórnia.
"O Departamento Penitenciário de Nova Iorque determinou que o senhor Weinstein precisava de atendimento médico imediato", afirmou o seu advogado, Arthur L Aidala, em comunicado.
"Examinaram-no e mandaram-no para o hospital. Parece que ele precisa de muita ajuda fisicamente. Ele tem muitos problemas. Ele está a fazer todo o tipo de testes, está um desastre do ponto de vista de saúde", acrescentou o advogado.
A polícia informou que Weinstein foi levado para o hospital Bellevue de Nova Iorque.
Na quinta-feira, o Tribunal de Recursos da cidade considerou que o juiz de primeira instância errou ao admitir os depoimentos de outras mulheres que supostamente teriam sofrido abusos de Weinstein mas que não foram citadas nas acusações apresentadas contra ele e ordenou um novo julgamento.
As acusações contra o produtor oscarizado explodiram em 2017, dando início ao movimento #MeToo, que abriu caminho para que as mulheres lutassem contra a violência sexual no ambiente de trabalho.
Weinstein, de 72 anos, foi condenado em 2020 em um tribunal de Nova Iorque por violação e agressão sexual contra a ex-atriz Jessica Mann em 2013, e por praticar sexo oral à força na ex-assistente de produção Mimi Haleyi em 2006. Posteriormente, ele foi condenado a 23 anos de prisão.
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