Um acordo judicial com os procuradores do Ministério Público de Nova Iorque permitirá a Cuba Gooding Jr. evitar uma pena de prisão por causa de acusações de assédio sexual.
Esta quinta-feira, declarou-se culpado no Supremo Tribunal de Manhattan por uma acusação menor de toque forçado e abuso sexual.
A procuradora Colleen Balbert disse em tribunal que o ator não teve problemas e completou seis meses de um programa de aconselhamento sobre álcool e modificação de comportamento.
A sua condenação será reduzida a uma infração e o cadastro limpo se continuar a cumprir os termos do acordo, que incluem um programa de terapia.
Conhecido pelo seu papel no filme "A Malta do Bairro" (1991) antes de conquistar o Óscar de Melhor Ator Secundário em 1996 pela participação em “Jerry Maguire”, Cuba Gooding Jr. foi detido pela primeira vez em junho de 2019.
Uma primeira queixa acusava-o de colocar a mão no peito de uma mulher e apalpá-la sem o seu consentimento num bar de Times Square a 9 de junho de 2019. Outras três mulheres apresentaram queixas mais tarde relacionadas com incidentes do mesmo género.
Em abril deste ano, aceitou declarar-se culpado de uma acusação de toque forçado, evitando um julgamento onde o Ministério Público planeava apresentar como testemunhas várias mulheres que também sofreram apalpões para demonstrar que se tratava de um comportamento habitual durante vários anos.
Se fosse condenado pela acusação mais grave, abuso sexual, o ator poderia enfrentar uma pena máxima de um ano de prisão.
Num caso separado, o ator foi acusado num tribunal civil de violação sexual num quarto de hotel em Manhattan em 2013 por uma denunciante anónima, um crime pelo qual seis milhões de dólares (cerca de 5,5 milhões de euros) por danos ainda se encontram pendentes. Após ser conhecido o acordo esta quinta-feira, Gloria Allred, a advogada que a representa, disse que o caso civil vai continuar nos tribunais federais.
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