“Este novo fundo de 70 mil novos títulos responde às necessidades e interesses bibliográficos do público em geral, em temáticas tão variadas como a ficção e a poesia, a literatura infantojuvenil, as artes, as ciências, a filosofia, educação e espiritualidade, entre outros”, disse o presidente da Câmara do Porto.
O autarca, que falava na abertura do sexto polo da Biblioteca Errante do Porto, que integrará 800 títulos sobre arqueologia, de autores portugueses e estrangeiros, a par de monografias e ensaios diversos, designadamente sobre trabalhos realizados no Porto e na região Norte.
O fundo extraordinário da Almeida Garrett reveste-se de “um carácter inédito” e corresponde a “praticamente o dobro das disponibilidades fundacionais deste biblioteca, aquando da sua abertura em 2021”, salientou.
Nesse ano, a Biblioteca Municipal Almeida Garrett (BMAG) foi constituída com 40 mil títulos.
Rui Moreira referiu ainda que o horário de funcionamento desta biblioteca foi alargado, no final de Outubro de 2023, até às 21:00.
“Adicionalmente, temos inteiramente à disposição da cidade a rede da Biblioteca Errante e o Bibliocarro, que funciona cinco dias por semana”, disse.
Acrescentou que “a contratação de um serviço profissional de custódia de fundos das bibliotecas permitirá, ainda, libertar espaço na BMAG, espaço que vai possibilitar, nos próximos 24 meses, a recuperação integral do passivo de catalogação e disponibilização dos títulos de Depósito Legal”.
“São títulos que nos foram entregues entre 2019 e 2023 e que permanecem indisponíveis. Este plano de reorganização interna determina que mais de 85 mil livros sejam tratados e disponibilizados nos próximos dois anos”, sublinhou.
Na Biblioteca Almeida Garrett, “estamos a avançar com obras para criar uma Casa Forte. Este novo espaço receberá, nas melhores condições técnicas, o fundo de manuscritos e reservados da Biblioteca Pública Municipal”, que irá encerrar entre março e julho deste ano.
Esta operação deverá estar concluída em Outubro, permitindo limitar aos meses do verão a indisponibilidade do acesso aos fundos de manuscritos e reservados.
Por outro lado, segundo Rui Moreira, será garantida “uma transferência qualificada e sem sobressaltos dos serviços técnicos da Biblioteca Pública Municipal para novas instalações, em Ramalde”.
Os serviços de catalogação, gestão e qualidade, digitalização e informática “serão transferidos já a partir de março para Ramalde, com cerca de 50 trabalhadores”.
Já os serviços de conservação e restauro e um núcleo de digitalização serão integrados no espaço da Grande Biblioteca de Periódicos Portuenses, no Pavilhão da Escola Pires de Lima.
“Em suma, o município do Porto não se poupará a esforços para mitigar os constrangimentos que as obras na Biblioteca Pública Municipal inevitavelmente acarretam”, acrescentou.
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