Investigadores da agência federal das prisões (Bureau of Prisons, em inglês), do gabinete do inspetor-geral do Departamento de Justiça e de outras agências judiciais invadiram o Centro de Detenção Metropolitano em Brooklyn, adiantou o Bureau of Prisons em comunicado à agência Associated Press (AP).
A operação policial foi “projetada para atingir o objetivo comum de manter um ambiente seguro tanto para os nossos funcionários como para os indivíduos encarcerados no MDC Brooklyn”, destacou a agência.
As autoridades prisionais recusaram-se a fornecer detalhes específicos sobre a operação.
Os advogados de Combs destacaram uma série de horrores na prisão – incluindo condições deploráveis, violência desenfreada e múltiplas mortes – enquanto faziam repetidas tentativas para libertar o rapper e produtor sob fiança enquanto aguarda julgamento no próximo mês de maio por acusações de tráfico sexual.
Sean ‘Diddy’ Combs, de 54 anos, foi detido em 16 de setembro e vai ser julgado pelos crimes de crime organizado, tráfico sexual e tráfico de seres humanos, pelos quais se declarou inocente.
A acusação alega que o magnata da música coagiu e abusou de mulheres durante anos, com a ajuda de uma rede de associados e funcionários, enquanto usava chantagem e atos violentos, incluindo raptos, incêndios criminosos e espancamentos físicos, para impedir as vítimas de se manifestarem.
A detenção do magnata do hip-hop galvanizou ainda mais o interesse público, levando a um maior escrutínio e a um esforço do Departamento de Justiça e do agência das prisões para resolver os problemas e responsabilizar os perpetradores.
No mês passado, os procuradores federais acusaram nove reclusos numa série de ataques de abril a Agosto no Centro de Detenção Metropolitana, a única prisão federal na cidade de Nova Iorque.
As alegações detalhavam graves problemas de segurança na prisão, incluindo acusações após dois reclusos terem sido esfaqueados até à morte e outro ter sido espetado na coluna com um picador de gelo improvisado.
Um guarda prisional foi também acusado de disparar contra um carro durante uma perseguição não autorizada a alta velocidade.
No início deste mês, um recluso foi acusado de uma conspiração de homicídio por encomenda que levou à morte de uma mulher de 28 anos, em dezembro passado, à porta de uma discoteca em Nova Iorque.
Segundo os procuradores, o recluso usou um telemóvel contrabandeado para orquestrar o crime atrás das grades, enquanto aguardava a sentença por ter realizado outro tiroteio anos antes.
As detenções de ‘famosos’ como Combs e Sam Bankman-Fried, o fundador da falida bolsa de criptomoedas FTX, ‘ofereceram’ uma janela para a violência e a disfunção que assolaram a prisão, que alberga cerca de 1.200 pessoas.
O total desceu em relação aos mais de 1.600 em janeiro.
No comunicado, o Bureau of Prisons disse que a sua operação em Brooklyn foi planeada com antecedência e que “não havia qualquer ameaça ativa”.
A instalação, situada numa zona industrial à beira-mar de Brooklyn, é utilizada principalmente para a detenção de pessoas que aguardam julgamento em tribunais federais em Manhattan ou Brooklyn. Outros reclusos estão ali para cumprir penas curtas após condenações.
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