Os acontecimentos terão acontecido no início da década de 1990, depois de uma festa em Nova Iorque, explicou a intérprete nomeada para um Emmy pelo seu papel em "Os Sopranos", numa entrevista à revista The New Yorker.
O assédio sexual durou, segundo ela, vários anos, um trauma que a faz dormir com um taco de basebol perto da cama.
Minutos depois de a ter deixado em sua casa, Weinstein terá batido na porta, entrado "como se fosse dono da casa e começado a desabotoar a camisa" da atriz, relatou.
Sciorra, de 57 anos, pediu várias vez que ele se fosse embora mas ele te-la-á atirado para a a cama e "subido para cima" dela, contou ainda.
Apesar de resistir ao avanço, a atriz disse que o magnata cinematográfico a violou. "Tentei defender-me, mas não tinha forças", explicou.
"Nas noites seguintes não conseguia dormir. Coloquei móveis contra a porta, como nos filmes (...) Estava muito envergonhada", admitiu.
Sciorra caiu em depressão e deixou de trabalhar ao longo de vários anos. Decidiu não tornar a violação público por medo de represálias. Quando retomou a sua carreira, Weinstein voltou a assediá-la por vários anos.
O seu testemunho soma-se ao de mais de 50 mulheres - entre elas Gwyneth Paltrow e Angelina Jolie - que acusaram publicamente desde o início de outubro o poderoso produtor de assédio, agressão ou violação.
A atriz Daryl Hannah também contou ao New Yorker ter sido assediada pelo empresário no início dos anos 2000.
O magnata terá entrado no seu quarto de hotel como "um touro furioso" e depois perguntado se podia tocar nos seus seios. A atriz afirma que, depois de negar isso, a sua carreira sofreu "repercussões imediatas".
O produtor de 65 anos renunciou à sua posição no estúdio The Weinstein Company depois do escândalo ter explodido, mas nega qualquer acusação de violação.
Weinstein está a ser investigado pela justiça dos Estados Unidos e do Reino Unido.
Na véspera desta nova acusação, Rose McGowan, uma das primeiras atrizes a acusar Weinstein de violação, denunciou o que chamou de uma cultura generalizada de má conduta sexual em Hollywood, e exortou as mulheres a lutarem contra isso.
"Eu guardei silêncio durante 20 anos. 'Chamaram de prostituta, envergonharam-me, assediaram-e, caluniaram-me. E sabem, sou só uma pessoa como vocês", disse McGowan, de 44 anos.
Estes foram os primeiros comentários públicos da atriz desde a divulgação de suas acusações contra Weinstein.
McGowan fez alusão também a declarações de 2005 do agora presidente americano, Donald Trump, nas quais ele afirmou que podia apertar os genitais de uma mulher e fazer o que quisesse com ela simplesmente porque era famoso.
"Somos puras. Somos fortes. Somos corajosas e vamos lutar", disse McGowan, que levantou o seu punho esquerdo fechado enquanto era ovacionada de pé pela multidão presente na Convenção da Mulher, em Detroit.
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