Sucessos como "Shogun", "The Bear" e "Baby Reindeer" devem acumular muitas nomeações para os Emmys deste ano.
As nomeações para os "Óscares da TV" serão reveladas esta quarta-feira, começando a seguir o processo para a votação final a caminho da 76.ª edição dos Emmy Awards, marcada para 15 de setembro.
Cinco temas vão merecer mais atenção.
"Shogun" traz o drama
"Shogun" - adaptação do romance de ficção histórica de James Clavell - transportou os espectadores para o Japão do início do século XVII.
Partindo da perspetiva de um marinheiro inglês naufragado, o seu âmbito alarga-se ao longo de 10 episódios aclamados para abranger a intrincada e mortal política judicial da época, dando corpo a um elenco notável de heróis e vilões japoneses.
Disponível em Portugal através do Disney+ e com mais duas temporadas já em preparação, a minissérie passou a série de drama e é uma das favoritas nas respetivas categorias deste ano.
"Porque tem tudo a seu favor em termos de atuação, argumento, realização" e muitas categorias técnicas, "'Shogun' provavelmente será o líder", disse à France-Presse Pete Hammond, jornalista do Deadline.
"Shogun" enfrenta a concorrência da última temporada da saga real britânica "The Crown", da Netflix, e de "The Morning Show", da Apple, protagonizada por Jennifer Aniston e Reese Witherspoon.
Continua a domínio avassalador de "The Bear"?
Situado num caótico restaurante de Chicago administrado por um grupo de chefs unidos, mas abrasivos e ocasionalmente abusivos, "The Bear" foi um grande vencedor na sua temporada de estreia nos Emmys do ano passado.
A série de culto voltou com uma segunda temporada ainda mais ambiciosa e experimental.
Montagens suptuosas de pratos com estrelas Michelin foram combinadas com episódios extraordinários como "Fishes" - um retrato de uma hora de uma família disfuncional a desfazer-se durante um penoso jantar.
Estranhamente inscrito nas categorias de comédia dos Emmys, apesar de lidar com questões contundentes como luto e vício, espera-se que “The Bear" sempre um dos principais nomeados.
Enfrenta séries como "Hacks", "Abbott Elementary", "Homicídios ao Domicílio" e "Calma, Larry".
O controverso "Baby Reindeer"
Minisséries, para programas que terminam após uma única temporada, são uma categoria sempre recheada de sucessos mais refrescantes. Mas este ano, uma delas fez muito mais sensação do que as outras.
“Baby Reindeer”, da Netflix, adaptado do espetáculo sombrio do comediante escocês Richard Gadd sobre os seus encontros com uma perseguidora, foi um fenómeno global.
Foi considerada uma "história verdadeira" - uma afirmação que ajudou a atrair o público, mas gerou um processo judicial movido por uma mulher britânica que diz ter sido a inspiração para a perseguidora e exige 170 milhões de dólares de indemnização.
“Não creio que a controvérsia vá prejudicá-la em termos de nomeações”, disse Hammond.
"Baby Reindeer" está na disputa contra nomes como "Fargo", "True Detective", "Ripley" e "Lições de Química".
Déjà vu
Muitas vezes parece que cerimónias de prémios como a dos Emmys regressam mais cedo a cada ano que passa. Mas desta vez, é realmente verdade.
A 76.ª cerimónia, marcada para 15 de setembro, será a segunda a realizar-se em 2024, depois da cerimónia do ano passado ter sido adiada para janeiro devido às greves de Hollywood.
Para complicar ainda mais, algumas séries como “The Bear” lançaram recentemente novas temporadas que não serão elegíveis para prémios até aos Emmys de 2025.
Confusos? A próxima cerimónia dos Emmy homenageará séries de TV exibidas entre junho de 2023 e maio de 2024.
O anúncio das nomeações
Os atores Tony Hale ("Veep") e Sheryl Lee Ralph ("Abbott Elementary") revelam as nomeações na quarta-feira, numa cerimónia transmitida em direto a partir das 8h30 de Los Angeles, 16h30 em Lisboa.
Os votantes da Academia de Televisão com sede nos EUA terão então um mês para recuperar o atraso dos seus visionamentos, antes da votação final decorrer em meados de agosto.
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