A greve de argumentistas e atores nos EUA adiou por vários meses a finalização da segunda temporada de "House of the Dragon", ambientada na mítica Westeros, quase dois séculos antes dos eventos retratados em "A Guerra dos Tronos".
Após dois anos de espera, a estreia acontece a 16 de junho nos EUA e na madrugada de dia 17 em Portugal na plataforma Max, resultado da fusão da HBO Max com a Discovery+.
O primeiro episódio retoma a história onde os fãs se despediram dos protagonistas: a filha do recém-falecido rei Viserys, Rhaenyra (Emma d'Arcy), disputa o trono com o seu meio-irmão Aegon (Ty Tennant), que acaba de assumir o poder.
Rhaenyra envia um dos seus filhos num dragão para forjar alianças, mas no caminho o jovem Lucerys morre numa batalha nos céus com o primo Aemond (Ewan Mitchell), o perturbador príncipe de cabelos brancos e apenas um olho.
Maior, mais solene
A partir deste ponto, a intriga dos oito episódios da nova temporada está sob segredo absoluto.
Porém, dos trechos divulgados nas redes sociais há algumas semanas é possível deduzir que as mulheres terão um papel essencial na temporada, assim como os dragões, que em 'A Guerra dos Tronos' só apareceram de forma decisiva nas últimas temporadas.
"Tudo fica maior, há mais cenários para as intrigas e batalhas", explicou o criador do mundo de Westeros, o escritor George R.R. Martin, num vídeo promocional.
"É um mundo profundamente imersivo. E, embora em alguns momentos possa ser emocionante e espetacular, acredito e espero que sejam as ligações das personagens que motivem o público a regressar", declarou à France-Press Ryan Condal, o 'showrunner' e produtor executivo da série.
A primeira temporada, exibida em 2022, foi um sucesso de público. O primeiro episódio foi visto por quase 10 milhões de espectadores nos EUA, a maior audiência de uma série original na história da HBO.
Condal reconhece que 'House of the Dragon' é mais sombria e "solene" que 'A Guerra dos Tronos', o maior sucesso da história das séries de TV, repleta de personagens peculiares, com humor ácido e situações obscenas que provaram a alegria (e às vezes escândalo) do público.
"Esta série tende a focar-se na principal família (os Targaryen), mas vamos introduzir uma série de novas personagens de camadas menos privilegiadas da sociedade", explica.
"Grande parte do humor da série original veio dos choques culturais de pessoas de diferentes camadas sociais", acrescenta.
Daemon, o mais imprevisível
A personagem mais imprevisível talvez seja Daemon (Matt Smith), o tio e marido de Rhaenyra, fiel à sua rainha, mas também obcecado pelo trono, observa Condal.
"Acredito que Daemon continua a ser a personagem mais volátil, mas espero que tenhamos muitas outras na temporada", afirma.
Uma das frases enigmáticas da primeira temporada foi a declaração do rei Viserys para a sua filha Rhaenyra: "A ideia de que controlamos os dragões é uma ilusão".
"Será necessário esperar", declara Condal com um sorriso.
"De certa forma, podemos ver 'House of the Dragon' como uma metáfora para a energia nuclear. Existem duas superpotências, ambas com dragões. Mas estes dragões são monstros vivos. E apenas porque um humano monta um dragão não significa que o controle", completou.
A terceira temporada da série já está a ser escrita, segundo Condal.
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