
Um Óscar (ou dois) fazem uma grande diferença na definição dos salários, seja nos estúdios tradicionais de Hollywood ou streaming.
Robin Wright recordou a experiência de "House of Cards", a primeira série de TV da Netflix, considerada o momento de viragem na indústria quando foi lançada em 2013.
"Quando o [realizador] David Fincher apresentou-me 'House of Cards', disse-me: 'Este será o futuro, será revolucionário'. E vejam onde estamos agora", contou no Festival de TV de Monte Carlo esta segunda-feira, citada pelas publicações especializadas Variety e Deadline.
Apesar do futuro "revolucionário", a atriz contou que teve de lutar contra a habitual desigualdade salarial em Hollywood quando a série que protagonizou com o vencedor dos Óscares Kevin Spacey se tornou um sucesso.
"Sim, foi difícil. Vou ser honesta", disse.
"Quando disse: 'Acho que é justo, porque a minha personagem se tornou tão popular como a [do Spacey], eles responderam literalmente: 'Bem, não podemos pagar-te o mesmo enquanto atriz, portanto vamos dividir para igualar [e] fazer-te produtora executiva e podes dirigir episódios. Vamos dar-te três salários diferentes'", contou.
Quando quis aprofundar a parte de não lhe puderem pagar o mesmo "enquanto atriz", a resposta foi lapidar: “Porque não ganhaste um Óscar”.
Fizar zangada "não mudaria nada", acrescentou.
"O protocolo tem sido este há muito tempo — simplesmente é. Se perguntarem: 'Por que é que esta ou aquela atriz não recebeu o mesmo que o Will Smith?', eles dizem: 'Vai subir depois de ganhares [o Óscar]'.", explicou.
"Nomeação, nem tanto. O que é que isto tem a ver com receber um aumento?", contou com pragmatismo.
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