"Sabina" é apresentado como "o trabalho mais solar e dançante que o cantautor luso-brasileiro já concebeu até hoje", pode ler-se no comunicado da promotora.
"O novo álbum combina sonoridades afro-brasileiras eletrificadas, que piscam olhos ao rock, ao funk e, é claro, ao samba, que Luca Argel e a sua banda já tinham virado pelo avesso em Samba de Guerrilha", acrescenta.
"Igualmente carregado de poesia e mensagens", o disco homenageia a história e o mito de uma quitandeira "que foi símbolo da persistência do racismo após a abolição da escravatura e exemplo da solidariedade de rua que, historicamente, o enfrentou".
A promotora assinala que Sabina "teria sido uma vendedora de laranjas num momento histórico de um Brasil recém libertado da escravatura, e às portas da queda do regime monárquico. No meio de uma disputa entre elites imperiais e republicanas, uma simples vendedora de laranjas fez esse caldo entornar pelas ruas da capital do então Império do Brasil".
Se em “Samba de Guerrilha” Luca Argel resgatou a história política do samba, dos seus protagonistas e do papel preponderante que desempenharam na luta contra a escravatura, o racismo, a pobreza e a ditadura militar, em "Sabina" o foco é dirigido ao "corpo encantado das ruas" e aos atores e atrizes da vida quotidiana "onde a história se desenrola, constrói e disputa para lá das narrativas oficiais".
Quem narra os acontecimentos é o historiador brasileiro Luiz Antonio Simas, a quem a atriz luso-angolana Nádia Yracema, cúmplice de Luca Argel no espetáculo "Samba de Guerrilha", empresta a sua voz.
"Sabina" tem edição em Vinil e CD e está disponível nas plataformas digitais. O disco é complementado por uma edição em banda desenhada, ilustrada pelo artista brasileiro Allan Matias.
As novas canções serão apresentadas ao vivo a 23 de março de 2023 no b.Leza, em Lisboa, e a 26 de março no Novo Ático - Coliseu Porto Ageas, no Porto.
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