A 22.ª edição do evento, que conta com 15 concertos, tem início no dia 21 de setembro, com o espetáculo da pianista e compositora japonesa Satoko Fujii, que fará a sua estreia em Portugal a solo no Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV).
A entrada poente do Parque Verde, outro espaço da cidade que recebe o festival, será palco do trio de Pedro Ricardo, no último dia do verão (22 de setembro), enquanto o Convento São Francisco acolhe, a 23 de setembro, a estreia de “Aether – Cruzamento”, um espetáculo que junta o trio Bode Wilson, de João Pedro Brandão, Demian Cabaud e Marcos Cavaleiro, às bailarinas Ana Rita Xavier e Wura Moraes, com desenho de luz de Cárin Geada.
Há ainda uma residência artística que une, entre os dias 23 e 28 de setembro, cinco músicos britânicos a cinco músicos portugueses ou que estão a viver em Portugal, projeto que resulta em sete concertos, nos dias 26, 27 e 28, em espaços como a Casa das Artes Bissaya Barreto (em parceria com o Festival Apura), o Salão Brazil, o Museu Nacional Machado de Castro e o Seminário Maior de Coimbra.
Entre os participantes, há figuras do jazz e das músicas improvisadas, como Gonçalo Almeida (contrabaixo), Hannah Marshall (violoncelo), Karoline Leblanc (piano), Luís Vicente (trompete), Marcelo dos Reis (guitarra), Mark Sanders (bateria), Olie Brice (contrabaixo), Pat Thomas (piano e eletrónica), Rachel Musson (saxofones) e Ziv Taubenfeld (clarinete baixo).
Durante uma conferência de imprensa hoje, o diretor do Jazz ao Centro Clube (JACC), José Miguel Pereira, afirmou que a residência vai ao encontro daquilo que é a “matriz identitária do festival enquanto lugar de criação”.
“O festival tem mudado muito de natureza ao longo destas 22 edições, mas há três aspetos que são uma constante do programa”, nomeadamente a apresentação da realidade viva do jazz, a densidade de parcerias e o aspeto da criação, sendo que, neste sentido, “já foram gravados mais de duas dezenas de discos, no âmbito do festival Jazz ao Centro”, sublinhou o também responsável pela direção artística do evento.
O maestro Luís Castro, da Associação Porta-Jazz, irá trabalhar com músicos dos grupos da Tuna Académica da Universidade de Coimbra para criar um espetáculo único, no TAGV, no dia 28 de setembro, que será assente na improvisação e na participação do público, numa composição em tempo real.
O Festival Jazz ao Centro - Encontros Internacionais de Jazz de Coimbra realiza ainda, no Salão Brazil, nas noites de 4 e 5 de outubro, espetáculos da residência artística do quarteto formado por Rodrigo Amado (saxofone tenor), Samuel Gapp (piano), Hernâni Faustino (contrabaixo) e João Lencastre (bateria).
O espetáculo da saxofonista americana Zoh Amba, no Jardim da Imprensa da Universidade de Coimbra (dia 4 de outubro), e o concerto do contrabaixista Carlos Barretto, no Grémio Operário de Coimbra (5), complementam a programação.
O evento do JACC, coorganizado com a Câmara Municipal de Coimbra, conta com sete espetáculos cujas entradas são pagas (valores entre os seis e os oito euros) e os restantes são de entrada livre ou “sujeitos a um donativo consciente”, onde o público doa “baseado nas suas possibilidades”, adiantou José Miguel Pereira.
A diretora do Departamento de Cultura e Turismo da câmara, Maria Carlos Pêgo, também presente na conferência de hoje, afirmou que o festival é “já uma identidade do próprio território de Coimbra”, não apenas pela sua longevidade, mas também pela diversificação da programação, além de possuir uma “forte rede de parcerias”, criando assim muitos vínculos com a sociedade.
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