Até domingo são esperadas 35 mil pessoas num festival que tem a particularidade de ser feito em comunidade, envolvendo toda uma aldeia, com palcos espalhados pela localidade e com uma escolha transversal de artistas na música portuguesa.
A aldeia é fechada e o seu perímetro delimita o recinto que acolhe nove palcos integrados nas ruas, praças, largos, auditório, igreja e até em garagens e lagares.
Em entrevista esta semana à agência Lusa, o diretor artístico, Miguel Atalaia, explicava que ao mote habitual do Bons Sons – “vem viver a aldeia” – é acrescentado este ano um outro propósito.
“O tema deste ano é viver a diversidade, acho que o 25 de Abril também permitiu esta descoberta por aquilo que é diferente, este direito que as pessoas têm de descobrir novos territórios nesta área da música, com uma componente estilística muito determinante”, vincou.
Nos 18 anos do Bons Sons estarão nomes como os de Gisela João, Valete, Club Macumba, Adiafa, Estilhaços, The Legendary Tigerman, Ana Lua Caiano, Rafael Toral, Cara de Espelho, a guitarrista Luísa Amaro e o Coro das Mulheres da Fábrica.
Embora os concertos comecem hoje ao início da tarde, nomeadamente com o guitarrista Manuel Dordio, o espetáculo de abertura do Bons Sons será “Quis saber quem sou”, uma produção do Teatro Nacional D. Maria II, com encenação de Pedro Penim, que revisita as canções da Revolução de Abril de 1974.
O Bons Sons é organizado desde 2006 pelo Sport Clube Operário de Cem Soldos e manteve-se bienal até 2014, passando depois a realizar-se anualmente, “mantendo uma programação exclusiva da música portuguesa, completamente aculturada e diversa”, disse o diretor artístico.
O festival regressa este ano depois de uma paragem devido a obras de requalificação urbana do Largo do Rossio, área habitualmente ocupada pelo festival, que surge nesta edição completamente renovado.
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