A dois dias da abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, os fãs fazem apostas: será a cerimónia a oportunidade de assistir ao regresso aos palcos de Céline Dion? Ou de Lady Gaga? Ou de ver Dua Lipa, imersa numa gigantesca digressão mundial...?
O espetáculo, que durará cerca de 3 horas e 45 minutos, foi planeado ao largo do rio Sena, ao longo de seis quilómetros, uma estreia na história dos Jogos, que normalmente são inaugurados num estádio.
O diretor artístico é Thomas Jolly, habituado a grandes produções e fã da música pop.
O público recorda principalmente a vibrante cerimónia de 2012 em Londres, cenário ideal para estrelas pop e um momento de emoção e diversão, com a rainha Isabel II como convidada num divertido vídeo com James Bond (Daniel Craig).
Jolly reiterou que nada (nem ninguém) esta proibido desde que exista uma ligação com a França.
A cantora canadiana Céline Dion é uma ligação óbvia.
"Prometemos um grande espetáculo"
Dion “está em Paris, não é uma coincidência”, reconheceu esta quarta-feira a ministra dos Desportos e dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, Amélie Oudéa-Castéra.
“Prometemos um grande espetáculo, com grandes estrelas”, acrescentou.
Dion é mais que uma estrela na França, país com o qual tem uma forte ligação graças ao francês e a sucessos como o álbum "D'eux" (1995).
A diva do Quebeque, 56 anos, não se apresenta ao vivo desde março de 2020, devido à crise global da pandemia e à revelação de que sofre da síndrome da pessoa rígida (RPS), uma doença autoimune sem cura conhecida.
Dion foi filmada pelos seus fãs à frente do seu hotel em Paris com guarda-costas que tinham a acreditação olímpica.
Os fãs de Lady Gaga, a quem ela chama os seus “monstrinhos”, gostam de recordar que interpretou, em francês, o clássico “La Vie en Rose”, de Edith Piaf, em “Assim Nasce Uma Estrela" (2018), realizado por Bradley Cooper.
Os fãs da norte-americana de 38 anos estão até convencidos de que é ela, escondida sob um capuz futurista, que surge nnuma fugaz antevisão da cerimónia de abertura transmitida pelas televisões francesas.
Ela também foi filmada pelos seus fãs nos últimos dias acenando para a multidão do lado de fora do seu hotel de luxo em Paris.
A britânica de origem kosovar Dua Lipa foi mencionada como outra possível participante durante a sua visita a Paris em março, mas atualmente triunfa com uma digressão mundial e não foi vista em público na capital francesa.
O último videoclipe de Dua Lipa, “Illusion”, foi filmado na piscina olímpica de Montjuïc, em Barcelona, e contou com a colaboração da seleção espanhola de natação sincronizada.
"Racistas"
Menos conhecida no exterior, mas com grande simbolismo na França, é a franco-maliana Aya Nakamura.
Esta jovem de 29 anos já teve sucessos como “Djadja” e polémicas com alguns grupos de extrema direita.
Um grupo identitário publicou nas suas redes sociais a fotografia de um banner, exposto nas margens do Sena, proclamando que “isto é Paris, não o mercado de Bamako!”
Aya Nakamura respondeu aos seus detratores nas redes sociais, chamando-lhes “racistas”.
"Converti-me num assunto de Estado número 1” e é isso “o que os magoa”, escreveu.
A polémica ajudou a promover Nakamura, e o vídeo de "Djadja" (2018) já atingiu 970 milhões de visualizações no YouTube.
Comentários