Após esgotar todos os ingressos para a sua digressão em grandes estádios, a superestrela Taylor Swift encheu as salas de cinema de fãs: o filme-concerto baseado no seu espetáculo arrecadou entre 95 e 97 milhões de dólares [90.1 a 92 milhões de euros] no fim de semana de estreia na América do Norte, quebrando recordes no género para o grande ecrã.
A estimativa é da AMC Theatres, distribuidora de "Taylor Swift: The Eras Tour" e a maior exibidora nos EUA e Canadá, enquanto os rivais apontam que o valor final ficará mais próximo dos 94 milhões, o que deixará seguro o recorde de receitas de outubro, que pertence a "Joker", com 96,2 milhões em 2019.
"É uma estreia nacional sensacional", disse o analista David A. Gross, da Franchise Entertainment Research.
As vendas de bilhetes para o filme, que inclui cenas de três concertos, ficaram abaixo de algumas estimativas para o período de sexta-feira a domingo, que iam dos 105 aos 145 milhões só na América do Norte, baseadas na expectativa gerada pelas explosivas pré-vendas iniciais e nos preços mais elevados: 19,89 dólares para adultos e 13,13 para crianças e idosos (13 é o número favorito da cantora).
Em contraste e segundo os dados disponíveis no Instituto do Cinema e do Audiovisual, os preços dos bilhetes (só a 13,13 euros) contribuíram para que o filme-concerto ficasse em primeiro lugar em Portugal nas receitas entre 12 e 15 de outubro, acima dos 208 mil euros, mas os 15.856 espectadores corresponderam apenas ao terceiro lugar entre os mais vistos durante os quatro dias: 18.934 e 16.987 foram assistir respetivamente "Patrulha Pata: O Super Filme" e "O Exorcista: Crente".
Sem estar em exibição entre segunda e quinta-feira, "Taylor Swift: The Eras Tour" também não baterá a estreia portuguesa de "Michael Jackson's This Is It", visto por 66.092 espectadores entre 29 de outubro e 4 de novembro de 2009, gerando receitas acima dos 309 mil euros.
Em todo o caso, a nível internacional estes continuam a ser "números gigantescos" que eclipsaram os outros filmes do género, destacou David A. Gross: o filme concerto foi anunciado apenas há seis semanas e teve pouca promoção... para além da que foi feita pela própria artista junto dos dos 350 milhões de seguidores nas redes sociais.
Até agora, os filmes-concerto mais lucrativos eram "Justin Bieber: Never Say Never" (2011), com receitas de 73 milhões de dólares (em Portugal, visto por pouco mais de sete mil espectadores) e o já citado "Michael Jackson's This Is It", com 72,1 milhões.
Swift superou estes filmes em três dias, tornando este fim de semana o mais lucrativo do ano desde os lançamentos em simultâneo no verão de "Barbie" e "Oppenheimer".
O filme, produzido com velocidade invulgar, estreou com alguns toques especiais ao estilo Swift: os cinemas AMC quebraram a prática habitual e encorajaram os espectadores a dançar, cantar, tirar fotos com os seus telemóveis e, de forma geral, agir como se estivessem num concerto a sério, criando o que um crítico chamou de uma "celebração delirante e vertiginosa da Swiftmania".
Em segundo lugar no fim de semana da América do Norte ficou "O Exorcista: Crente", lançado 50 anos após o original de 1973, com mais 11 milhões de dólares: após ter antecipado a estreia em uma semana para não concorrer com o filme de Taylor Swift, as receitas domésticas estão nuns desoladores 45 milhões.
Em terceiro lugar ficou o filme animado "Patrulha Pata: O Super Filme" , com mais sete milhões e já um total doméstico de quase 50 milhões e uma sequela anunciada para 2026,
O quarto lugar foi para "Saw X", com 5,7 milhões e um total de 41,4 na América do Norte.
O Top 5 encerra com o filme de ficção científica "O Criador", com 4,3 milhões e apenas 32,4 até agora nas bilheteiras domésticas.
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