“Terra Franca” é a primeira longa-metragem documental de Leonor Teles, e foi rodado inteiramente em Vila Franca de Xira, no Ribatejo, acompanhando a narrativa fílmica a vida de Albertino Lobo e da sua família.
O filme estreou fora de Portugal, no ano passado, porque a realizadora acredita que “é assim que o mercado funciona”.
“Um filme tem de fazer sucesso fora para depois ter sucesso dentro do país. Acho que esta estreia em França vai permitir que isso aconteça também em Portugal”, disse a realizadora à agência Lusa, no ano passado, numa curta apresentação do documentário.
Ao longo de um ano, Leonor Teles acompanhou Albertino Lobo, um pescador de Vila Franca de Xira, de onde a realizadora é natural, e retratou as contingências, e incongruências, do seu trabalho e família, ao longo de quatro estações.
Depois de ter chamado à atenção com as curtas-metragens “Rhoma Acans” e “Balada de Um Batráquio” - que a transformou na mais jovem vencedora de sempre do Urso de Ouro, em Berlim - Leonor Teles iniciou-se na longa-metragem com “Terra Franca” que entre outros, já recebeu o Prémio de Melhor Primeira Obra da Competição Internacional na 33.º Festival Internacional de Cine de Mar del Plata, da Argentina, e foi distinguida com o Prix de La Ville d’Amiens, no 38.º Festival International du Film d’Amiens, em França.
O filme recebeu ainda o SCAM Internacional, no Festival Cinema du Réel, o Prémio Escolas da Competição Portuguesa no festival Doc Lisboa, e os Prémios de Melhor Longa-Metragem de Ficção e D. Quijote, do júri da Federação Internacional de Cineclubes, no Festival Caminhos do Cinema Português.
Comentários